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Assembléia é Palco do Lançamento do Livro “de Catanduvas Ao Oiapoque”

Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 18/09/07ASSEMBLÉIA É PALCO DO LANÇAMENTO DO LIVRO “DE CATANDUVAS AO OIAPOQUE”O jornalista e escritor Milton Ivan Heller lançou nesta terça-feira (18), no Salão Nobre da Assembléia Legislativa, o livro “De Catanduvas ao Oiapoque – O Martírio dos Rebeldes sem Causa”, que traz a história da revolta tenentista dos anos 20 e da Coluna Prestes no Paraná, além da situação dos militares, que, capturados em Catanduvas (Oeste do Estado), foram confinados numa prisão no Amapá em 1924.“O livro fala por si próprio”, disse Ivan Heller, acrescentando que sua preocupação é “resgatar os episódios da história do Paraná, que estavam esquecidos e que não constam nos registros oficiais do Estado”.Livro – A obra, escrita a partir de ampla pesquisa histórica pelo escritor, traça um panorama do interior do Paraná na época, e narra a revolta dos tenentes, conhecida também como Coluna Prestes, que faziam oposição à República Velha, comandada pelo presidente Arthur Bernardes e, posteriormente, por Washington Luís. O livro conta ainda detalhes sobre a morte dos militares capturados pelas forças federais em Catanduvas e levados para um presídio militar no Oiapoque. Relatos apontam que os rebeldes foram capturados em precárias condições de saúde, sendo conduzidos sob guarda de homens armados em uma marcha de mais de 100 km até Irati, onde já existia a conexão com o trem de União da Vitória e ali colocados em vagões de transporte de gado. De lá, foram levados a Paranaguá em um navio com destino ao Oiapoque, nas proximidades da Guiana Francesa, onde existia um presídio militar. Lá, foram deixados para morrer, infectados pela malária e outras doenças, sem nenhuma assistência médica. “Apenas sete sobreviveram a este calvário, chegando ao Rio de Janeiro como verdadeiras múmias e morrendo dias depois”, conta Milton Ivan.O jornalista relata que os fatos levantaram uma onda de indignação contra o governo Artur Bernardes, que mantinha um “campo de concentração” em local insalubre e distante da civilização, num flagrante desrespeito às determinações do Supremo Tribunal Federal que, de um lado concedia habeas corpus e de outro exigia um tratamento humanitário dos vencidos.“Foi uma página vergonhosa de nossa história e o martírio inútil dos tenentes acabou sendo o fermento da revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder, derrotando a República velha e iniciando a modernização e o desenvolvimento do país”, afirma Milton Ivan.
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