Assembleia sedia lançamento de livro e exposição de fotos sobre o tropeirismo e os Campos Gerais Ricamente ilustrada, obra dos geólogos Antonio Liccardo e Gil Piekarz valoriza aspectos do Paraná antigo, atrelando cultura e meio ambiente.

04/12/2017 14h27 | por Sandra C. Pacheco
A abertura da exposição de fotos e o lançamento do livro "Tropeirismo e Geodiversidade no Paraná" aconteceram nesta segunda-feira (4), no Espaço Cultural da Alep.

A abertura da exposição de fotos e o lançamento do livro "Tropeirismo e Geodiversidade no Paraná" aconteceram nesta segunda-feira (4), no Espaço Cultural da Alep.Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

A abertura da exposição de fotos e o lançamento do livro "Tropeirismo e Geodiversidade no Paraná" aconteceram nesta segunda-feira (4), no Espaço Cultural da Alep.

O Espaço Cultural da Assembleia Legislativa sediou na manhã desta segunda-feira (4) o lançamento do livro “Tropeirismo e Geodiversidade no Paraná”, dos geólogos Antonio Liccardo e Gil Piekarz, bem como marcou a abertura da exposição de fotos sobre a região dos Campos Gerais que se estenderá até o dia 8 de dezembro, no horário das 9 às 18 horas. A proposição para realização do evento foi feita pelos deputados Péricles de Mello (PT), presidente da Comissão de Cultura; Rasca Rodrigues (PV), presidente da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção dos Animais; e Anibelli Neto (PMDB), líder do Bloco Parlamentar da Agricultura Familiar.

Péricles destacou a importância do lançamento do livro para a Assembleia, para os Campos Gerais e para o Paraná, principalmente neste momento em que se discute a Escarpa Devoniana, ajudando a aprofundar o debate e envolvendo todos os segmentos afetados pela matéria. Rasca Rodrigues foi na mesma linha e Anibelli Neto revelou-se um entusiasta do tropeirismo, argumentando que as novas gerações precisam conhecer melhor esse momento da história do Paraná, importante na formação de sua identidade.

Resgate – Antonio Liccardo, geólogo, fotógrafo e professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, explicou que a intenção do livro, que já teve um pré-lançamento em Ponta Grossa, é sobretudo a valorização da cultura dos Campos Gerais, resgatando aspectos do Paraná antigo e atrelando cultura e meio ambiente. Referindo-se aos relatos do naturalista francês Saint-Hilaire, que passou pela região por volta de 1820, disse que a formação geológica da região foi responsável pela delimitação da rota dos tropeiros que conduziam mulas desde o Rio Grande do Sul até Sorocaba (SP) e Minas Gerais. Plana e rica em água, ela facilitava o trabalho dos tropeiros.

Gil Piekarz, que trabalhou na Mineropar – Serviço Geológico do Paraná, hoje incorporado ao Instituto de Terras, Cartografia e Geologia (ITCG), coordenador do projeto Sítios Geológicos e Paleontológicos do Paraná, entre 2003 e 2010, falou sobre o desejo de entender o chão por onde os tropeiros passaram, relacionando-o ao importante ciclo econômico que ajudou a moldar a identidade paranaense, com reflexos em todo o seu território.

Ainda falaram durante o evento Amílcar Cavalcante Cabral, diretor presidente do ITCG, destacando que a região dos Campos Gerais carece de políticas públicas para áreas ambientais, e o historiador  e um dos idealizadores da Rota dos Tropeiros, Carlos Roberto Solera, para quem o tropeirismo é um dos principais sentimentos da brasilidade, influente na fixação territorial, na religiosidade, na gastronomia e até mesmo na criação de um código de honra que sustentou a seriedade dos compromissos assumidos por aqueles que se prestavam a fazer o transporte de mercadorias.

Tropeirismo – O livro será lançado ao longo de 2018 nos demais 16 municípios que compõem a Rota dos Tropeiros no Paraná, como a Lapa, Castro, Ponta Grossa. Totalmente ilustrado, com 248 páginas, resulta de um projeto da antiga Mineropar com início em 2004, quando os autores tiveram seus primeiros contatos técnicos com o tema e essa importante área do estado, percorrendo a rota e investigando sua geodiversidade. A edição do livro é da Editora Estúdio Texto e recebeu apoio do ITCG, UEPG e da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG-Núcleo Paraná).

A exposição de fotos permanecerá aberta no local até o dia 8 de dezembro, quando então seguirá em mostras itinerantes pelas demais cidades dos Campos Gerais que integram a Rota dos Tropeiros.  

 

 

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