04/12/2008 16h54 | por Jornalista: Luana Da Silva Borsari / 3350-4188
Na sexta-feira (05) a Assembléia Legislativa realiza audiência pública para discutir a regulamentação da profissão do terapeuta naturista. A iniciativa é do deputado federal Leonardo Monteiro (PT/MG), membro da Comissão Legislativa Participativa da Câmara. Será as 9h30, no plenarinho. Foram convidados deputados estaduais e demais autoridades e profissionais terapeutas naturistas, como Gilberto Martins, secretário de Estado da Saúde; Milton Alves, presidente do SINATEN (Sindicato Nacional dos Terapeutas Naturistas); os professores Rogério Fagundes Filho, escritor, pesquisador, professor e Octávio Ulisseya, das Faculdades Integradas Espírita. Segundo Fagundes, autor do livro “Maternatura: um guia de curas e tratamentos naturais”, a constituição diz que a saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado, por isso reivindicar uma legislação que defina as atribuições dos terapeutas naturistas é fundamental. “Sou terapeuta naturista de fato, mas não de direito. Por enquanto o reconhecimento do nosso trabalho se dá pela avaliação dos resultados obtidos e pelo reconhecimento dos pacientes, que nos indicam para outras pessoas”, explica. Ele acrescenta que a classe carece de um Conselho orientador e punitivo, mas “quer ouvir os profissionais, responsáveis por cursos universitários, alunos e parlamentares para que haja um consenso entre os envolvidos e os termos da legislação sejam pautados de forma democrática”, diz. Existem no Brasil quatro universidades que formam terapeutas naturistas, uma no Paraná, em Curitiba, a Faculdade Bezerra de Menezes, em Santa Catarina a Unisul, no Rio de Janeiro a Estácio de Sá e em Morumbi, São Paulo, a Faculdade Unhembi. Fagundes também explica que a medicina natural reconhece o valor indispensável da medicina halopática. “Consideramos que ela realiza obras-primas no que concerne às práticas cirúrgicas e que os métodos de terapia intensiva são referências de excelência no tratamento das mais variadas patologias, mas reconhecemos que em alguns casos, isso não é suficiente para que o ser humano restabeleça a saúde e previna as doenças”, argumenta. Para ele, os naturistas são o último recurso daqueles pacientes que esgotaram as possibilidades de cura na medicina convencional. Atrelado ao tema da audiência, os profissionais também pretendem discutir maneiras de preservar e estudar a riqueza em matéria prima, que Amazônia proporciona. “Esse é um tema que deve ser tratado para que se deixe de lado os preconceitos relativos à medicina natural, pois existem inúmeros estrangeiros, ligados a institutos brasileiros de pesquisa que têm desfrutado a sabedoria indígina e caiçara para usufruto da medicina e nós brasileiros ainda não acordamos para esta realidade”, afirma Fagundes.