04/12/2008 10h38 | por Jornalista: Luana da Silva Borsari
Na sexta-feira (05) a Assembléia Legislativa realiza audiência pública para discutir a regulamentação da profissão do terapeuta naturista. A iniciativa é do deputado federal Leonardo Monteiro (PT/MG), membro da Comissão Legislativa Participativa da Câmara. Foram convidados deputados estaduais e demais autoridades e profissionais terapeutas naturistas, como Gilberto Martins, secretário de Estado da Saúde do Paraná; Milton Alves, presidente do SINATEN (Sindicato Nacional dos Terapeutas Naturistas); os professores Rogério Fagundes Filho, escritor, pesquisador, professor e terapeuta naturista; e Octávio Ulisseya, das Faculdades Integradas Espírita. Segundo Fagundes, autor do livro “Maternatura: um guia de curas e tratamentos naturais”, a constituição diz que a saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado, por isso reivindicar uma legislação que defina as atribuições dos terapeutas naturistas é fundamental. “Sou terapeuta naturista de fato, mas não de direito. Por enquanto o reconhecimento do nosso trabalho se dá pela avaliação dos resultados obtidos e pelo reconhecimento dos pacientes, que nos indicam para outras pessoas”, explica. Ele acrescenta que a classe carece de um Conselho orientador e punitivo, mas “queremos ouvir os profissionais, os responsáveis por cursos universitários, alunos e parlamentares para que haja um consenso entre os envolvidos e os termos da legislação sejam pautados de forma democrática”, diz. Existem no Brasil quatro universidades que formam terapeutas naturistas, localizadas no Paraná, Curitiba (Faculdade Bezerra de Menezes), em Santa Catarina (Unisul), no rio de Janeiro (Estácio de Sá) e em Morumbi, São Paulo (Unhumbi). Há mais de uma dezena e processo de regulamentação no MEC. Fagundes também explica que a medicina natural reconhece o valor indispensável da medicina halopática. “Consideramos que ela realiza obras-primas no que concerne às práticas cirúrgicas e que os métodos de terapia intensiva são referências de excelência no tratamento das mais variadas patologias, mas reconhecemos em alguns casos, isso não é suficiente para que o ser humano restabeleça a saúde e previna as doenças”, argumenta. Para ele, os naturistas são o último recurso daqueles pacientes que esgotaram as possibilidades de cura na medicina convencional. Atrelado ao tema da audiência os profissionais também pretender discutir maneiras de preservar e estudar a riqueza em matéria prima, que Amazônia proporciona. “Esse é um tema que deve ser tratado para que se deixe de lado os preconceitos relativos à medicina natural, pois existem inúmeros estrangeiros, ligados a institutos brasileiros de pesquisa que têm desfrutado a sabedoria indígina e caiçara para usufruto da medicina e nós brasileiros ainda não acordamos para esta realidade”, afirma.