“Por um Paraná sem incineração de lixo”. Este é o tema da audiência pública que será realizada na segunda-feira (28), a partir das 9 horas, no Plenarinho da Assembleia Legislativa, conforme proposição dos deputados Luciana Rafagnin, líder da bancada do PT, e Luiz Eduardo Cheida (PMDB), presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente.
Os catadores de materiais recicláveis, por suas entidades representativas, discordam da prática da incineração do lixo, dizendo que ela é nociva tanto nos aspectos socioeconômicos quanto nos ambientais. A incineração, entretanto, tem conquistado cada vez mais prefeituras e consórcios regionais de municípios, apresentada como alternativa fácil, embora fruto investimento muito alto, para a eliminação dos resíduos desde as pequenas até as grandes cidades. Isto porque, para funcionar e gerar energia, as usinas precisam manipular um volume muito grande de resíduos sólidos, o que vai além da produção do lixo que não pode, por sua natureza, ser reciclado.
A audiência no Legislativo deve contar com as participações da procuradora da Justiça do Trabalho, Margaret Matos; do procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente, Saint-Clair Honorato Santos; do integrante do movimento nacional de catadores, Carlos Alencastro Cavalcanti; do professor do Departamento de Geografia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Jorge Villalobos; e do integrante da Fundação France Libertés, André Abreu de Oliveira. “O papel dos parlamentares é promover o debate para se antecipar a um problema e suas consequências. A preocupação dos movimentos sociais e do Ministério Público é louvável, uma vez que a própria política nacional de resíduos sólidos do governo federal aponta para a priorização da coleta seletiva, a valorização da mão de obra dos catadores, a reciclagem e a reutilização de resíduos. O estado precisa também caminhar nessa direção”, afirma a deputada Luciana Rafagnin.