Afirmando que não é admirador das mulheres que exageram na colocação de silicone em cirurgias plásticas contratadas apenas para a melhoria da estética do seu corpo, o deputado Antonio Belinati (PP) ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa para criticar a direção do Conselho Federal de Medicina que proibiu, em todo o país, que os médicos continuem realizando cirurgias plásticas com pagamento pelo sistema de crediário. Esse serviço podia ser pago em até 36 parcelas mensais.Para Belinati, a proibição prejudicará as mulheres da classe média e as de baixa renda, que deixarão de ter acesso às plásticas, algumas delas realizadas por necessidade de restauração em cicatrizes no corpo humano. É lamentável, afirmou Belinati, que o CFM tome medida tão discriminatória e desumana, pois, a partir de agora, somente as mulheres ricas poderão procurar um cirurgião com o propósito de melhorar seu corpo e seu visual, pratica que já é adotada por considerável parcela de homens vaidosos e que gostam de se apresentar mais bonitos para a sociedade. O parlamentar entende que os dirigentes do CFM devem fiscalizar a qualidade dos serviços prestados pelos médicos e não a parte financeira. Se os profissionais podem financiar seus pacientes, qual é o problema de oferecer essa vantagem? A proibição de financiamento afasta os menos abastados dos centros cirúrgicos, concluiu Belinati.