Biodiesel

17/04/2006 15h21 | por Thea Tavares
Curitiba, PR (17/04/2006) – A necessidade de diversificar as fontes de renda e a produção da agricultura familiar está fazendo com que as organizações do Sudoeste do Paraná movam esforços para discutir alternativas ao setor. Na próxima quinta-feira (20/04), o Sistema de Cooperativas de Comercialização da Agricultura Familiar Integrada (Coopafi) e a Cooperativa Iguaçu de Prestação de Serviços (Cooperiguaçu) realizarão um seminário sobre Biodiesel, focado na discussão do papel da agricultura familiar na geração de energias alternativas. O seminário acontecerá no auditório da Assesoar (Av. General Osório, 500 – Cango) em Francisco Beltrão, das 9h às 17h e pretende reunir cerca de 100 pessoas entre dirigentes das entidades da agricultura familiar da região, técnicos e agricultores familiares. Os participantes da atividade querem conhecer as diretrizes da política pública do governo federal nessa área, que serão expostas pelo Coordenador do Programa Nacional de Biodiesel do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Arnoldo de Campos. Também, as experiências concretas já desenvolvidas pela agricultura familiar no país e identificar quais as culturas oleaginosas para a produção de biocombustível que possam ser produzidas no Sudoeste do Paraná. Quem fará a exposição desses temas são o professor Michelangelo Trezzi, doutor em Fitotecnia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e o agrônomo da Emater de Salto do Lontra, Valdir Knoch. Caberá ao representante da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Valmor Bordin, do escritório do órgão em Curitiba, fazer a apresentação das ações e do programa de formação de estoques do governo federal para as cooperativas da agricultura familiar. Para o coordenador do Sistema Coopafi, Carlos Farias, “o seminário é um ponto de partida para buscar soluções a uma antiga angústia da agricultura familiar do Sudoeste: a de formular propostas para a geração de fontes de energias alternativas”. “Queremos colher informações que nos orientem a enxergar se é possível organizar a produção de culturas oleaginosas que gerem renda, dentro do plano de diversificação da agricultura familiar regional”, diz Farias. Perspectivas futuras – O coordenador da Cooperiguaçu, Olivo Dambrós, lembra que “além da perspectiva do biodiesel, há a necessidade de se pensar também a produção de óleos vegetais, orgânicos, como os de girassol e milho, uma vez que estes são produtos saudáveis e altamente requisitados pelos mercados consumidores mais exigentes”. “É uma preocupação ao mesmo tempo com a geração de renda e com o autoconsumo”, argumenta Dambrós. Ele também afirma que o alto custo atualmente da manutenção das famílias na propriedade rural exige o fim da dependência delas da produção quase que exclusiva de grãos. Ele comenta que a agricultura familiar, desde o início dos anos 90, tem feito um esforço muito grande para manter as pessoas na terra e diminuir o êxodo rural. “Culturas como as de soja, milho e leite até bem pouco tempo ainda davam alguma condição para as famílias continuarem na atividade agrícola. Hoje, essa possibilidade já não existe mais. O modelo produtivo globalizado foi ficando cada vez mais violento e excludente, sem contar que as necessidades já são outras”, informa Dambrós. “Gastos familiares com energia elétrica, telefone e bens de consumo criaram uma nova realidade. A média de consumo só com alimentação de uma família de quatro pessoas gira em torno de 4.500 reais por ano. Isso é equivalente à receita líquida de oito alqueires de soja convencional ou transgênica”, finaliza o coordenador da Cooperiguaçu. Jornalistas: Thea Tavares (MTb 3207-PR) – Assessoria deputada estadual Luciana Rafagnin: (41) 9658-7588. Contatos:–Sistema Coopafi – (46) 3524-3997 ou (46) 9104-2266, com José Carlos Farias, e (46) 9975-2170, com Ivo Antônio Vial;-Cooperiguaçu – com o coordenador Olivo Dambrós – (46) 9912-2680 e (46) 3523-1245.

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