O deputado Mário Roque, enviou uma carta ao IPHAN(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) fazendo algumas colocações sobre a construção do Aquário Municipal, onde ressaltou que a população recebeu a novidade com satisfação, mas que entretanto, a maioria, desaprova a construção no centro histórico. A obra será construída onde hoje é a centro de gastronomia (ferradura), um dos principais locais de lazer do parnanguara.Acompanhe a correspondência na integra.Exmo. SenhorDr. José La Pastina FilhoSuperintendente do IPHANCuritiba Digno Senhor,Paranaguá, turística e economicamente está sendo agraciada com a construção de um Macro Aquário de espécies marinhas. Será um sucesso, com certeza.Mas na qualidade de Deputado Estadual, representante da região do litoral, sinto-me na obrigação de fazer algumas colocações: a população recebeu está novidade com muita satisfação, mas a grande maioria, desaprova a construção no centro histórico. A obra será realizada onde hoje é o centro de gastronomia (ferradura), único local de lazer, principalmente a noite e fins de semana. Atingirá ainda banheiros recém construídos e talvez até lanchonetes na Praça Leão Chapaval. O erário público será delapidado com tantas demolições. Mais ainda, naquele local, tudo num raio de cem metros, existe o mercado do peixe, mercado das ostras, mercado novo, rodoviária intermunicipal e estadual, a Praça de eventos 29 de Julho, atracadouros para passeios marítimos, um estádio para 18 mil espectadores, piscina olímpica, Câmara Municipal. Mais adiante um museu, mercado de artesanato e a Rua da Praia. Existe ainda uma ponte, único acesso a Ilha dos Valadares (25 mil habitantes), que passam diuturnamente a quinze metros da futura obra. Outro problema são os 15 ou 20 permissionários que serão desalojados e irão para outro local, longe da sua clientela formada ao longo dos anos. Os visitantes terão apenas um acesso a tudo isso, pela rua João Régis, esquina com General Carneiro, até a cabeceira da ponte dos Valadares. Apenas cento e cinqüenta metros de comprimento. Um congestionamento, hoje, grandioso. Imagine o fluxo de veículos e pedestres naquele local, após o evento. De certo o que seria um sucesso cairá por terra.Alternativas:Do outro lado do Rio Itiberê de frente para a Praça 29 de Julho (Valadares), existe já uma área liberada (Campo do Florico), acesso a embarcações e a outra opção, pela ponte. Movimentaria a Ilha e poderia até seguindo regras, termos o acesso a veículos só para aquela atração.Outra alternativa é o Aeroparque. Áreas livres, bom acesso pela Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, com quatro pistas e ótimos estacionamentos. Nesta mesma área já existe um local escavado para um futuro (criadouro) de peixes de água doce. Nesta pequena ilha, seria construído o tão sonhado Aquário. Local para restaurantes e lanchonetes, seria um avanço em termos econômicos e valorização de outra área da cidade (turisticamente). O fato do Aquário ficar longe do Rio Itiberê, em nada prejudicará, até porque a água salgada, terá que ter manutenção (sanalização e oxigenação constante). O Rio Itiberê recebe esgoto de todos os bairros ao longo de ambas as margens e coliformes fecais são evidentes, em qualquer exame.Sabemos que esta obra é de real interesse do governador Roberto Requião, sempre atento às coisas boas para o litoral. Construiu laboratório para purificação de ostras. Alevinos e juvelinos de robalos, povoando a nossa baia, construção de atracadouros, programas sociais para as famílias mais carentes e principalmente exige uma ríspida fiscalização ambiental e é neste ultimo item que a população espera que todos os órgãos ambientais façam com o conhecimento do Governador e até do prefeito José Baka Filho, um estudo pormenorizando, quanto ao Aquário, pois Paranaguá foi recentemente tombada a nível nacional. Vamos cuidar da mamãe dos paranaenses.São essas as minhas considerações e me coloco a inteira disposição, para eventuais contribuições.Sempre ao dispor de V. Sa.Paranaguá 22 de Julho de 2009.Mario Manoel da Dores Roque Deputado Estadual
