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Cláudio Rorato Lamenta Problemas Na Santa Casa de Foz

O deputado cobrou apoio aos hospitais filantrópicos e maior fiscalização dos repasses feitos pelos governosO deputado federal Cláudio Rorato (PMDB) denunciou nesta quarta-feira (8) em Brasília a situação vivida pelos trabalhadores da Santa Casa Monsenhor Guilherme e o momento delicado da saúde pública em Foz do Iguaçu. Na semana passada o hospital fechou as portas e iniciou o processo de demissão de 430 funcionários. Rorato cobrou ainda mecanismos de suporte e fiscalização dos hospitais filantrópicos. Apesar da greve deflagrada pelos trabalhadores do hospital - que reclamam salários atrasados, falta de materiais de procedimentos e até de alimentos para os pacientes -, eles estão sendo convocados para assinar os avisos prévios o que, frisou Rorato, contraria a lei.O deputado lamentou que a prefeitura de Foz do Iguaçu tenha “virado as costas para o drama dos trabalhadores e para a importância social da Santa Casa.” Rorato não aceita o fato da prefeitura se omitir na busca de soluções para um hospital que – conforme declaração do próprio prefeito - consumiu mais de R$ 3,8 milhões repassados pela prefeitura em 2005. Rorato destacou ainda as doações feitas pela Receita Federal. Recursos, que segundo ele, deveriam ser utilizados pela Irmandade Monsenhor Guilherme, responsável pelo hospital, em reformas e no pagamento de dívidas trabalhistas. “Em vez disso, anunciaram o encerramento temporário das atividades. E a prefeitura, gestora da saúde pública, se calou como se nada estivesse ocorrendo, como se os empregos não fossem importantes e os repasses feitos não exigissem explicações”, destacou.O deputado criticou ainda a situação da saúde pública. “A população enfrenta filas na madrugada para conseguir uma consulta; espera mais de um mês para fazer um exame de sangue e três ou quatro meses para exames mais complexos”. Rorato lamentou ainda a redução drástica no número de médicos ginecologistas e obstetras nos postos de saúde e citou o aumento, em 2005, de 30% na mortalidade neonatal.Estrutura rompida - Desde o início desta semana o Hospital Costa Cavalcanti, outro hospital da cidade, cancelou as cirurgias eletivas. O poli ambulatório Nossa Senhora Aparecida, mantido por uma entidade italiana, está interditado pela vigilância sanitária desde que sete pessoas perderam a visão após procedimentos de cirurgia da catarata. Os pronto atendimentos da Avenida Paraná e do Morumbi foram transformados em hospitais para pacientes que aguardam leitos e UTI’s.Cláudio Rorato reconheceu que a receita do SUS é insuficiente para sustentar um hospital, qualquer que seja, ainda mais uma Santa Casa que atende pacientes carentes. “Dai, a necessidade das prefeituras, diante da urgência pública, intervir no processo buscando soluções”, completou. Ele citou ainda que Santa Casa era referência pediátrica no “modelo de saúde implantado pela prefeitura” e a unidade municipal credenciada para o atendimento de portadores do vírus HIV. No entender do deputado, a interferência do Município cumpriria a Constituição que estabeleceu no artigo 196, que a saúde é direito de todos e dever do Estado. Ele cobrou ainda que a questão dos hospitais filantrópicos seja enfrentada e resolvida com vontade política pelo Congresso Nacional. “Devemos incluir, nos projetos que votamos, recursos para hospitais filantrópicos e mecanismos efetivos de fiscalização da aplicação dessas verbas”, emendou. No caso especifico da Santa Casa de Foz do Iguaçu, para o deputado, confirmada a má gestão, é preciso que os administradores do hospital sejam punidos. “O que não se pode admitir é que a população pague pela má gestão”, destacou.Ainda segundo o deputado, pelos fatos relatados e pela quantidade de verbas públicas e doações federais, encaminhadas ao hospital, os ministérios públicos - estadual e federal - têm o dever de determinar e participar, em conjunto com a Unioeste, do processo de auditoria na Santa Casa Monsenhor Guilherme, iniciado na segunda-feira (6).
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