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Comissão da Mulher aprova ampliação de exame genético para detectar câncer de mama no Paraná

Proposição institui diretrizes para rastreamento genético de mulheres com histórico familiar da doença.

Reunião ocorreu após a sessão plenária desta segunda-feira (17).
Reunião ocorreu após a sessão plenária desta segunda-feira (17). Créditos: Valdir Amaral/Alep

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, presidida pela deputada Cantora Mara Lima (Republicanos), aprovou nesta segunda-feira (17) o projeto de lei que institui diretrizes para o rastreamento genético do câncer de mama no Paraná – o tipo de câncer que mais vitima mulheres no país. A política é direcionada a pessoas com histórico familiar da doença. De autoria da deputada Maria Victoria (PP), a iniciativa foi uma das duas proposições apreciadas em reunião realizada na sala Caíto Quintana.

O texto prevê estímulo à inclusão de testes genéticos na atenção oncológica, cooperação para o desenvolvimento de estudos, incentivo à capacitação de profissionais para identificação de casos e promoção de campanhas informativas sobre os benefícios da medida. A política pública estaria vinculada à Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa). “O acesso gratuito ao sequenciamento genético permite diagnóstico precoce, prevenção e maior autonomia das mulheres sobre sua saúde”, ressaltou a deputada e relatora Marli Paulino (SD).

De acordo com o projeto de lei, o câncer de mama hereditário está presente em até 20% dos casos. “Identificar mutações em genes como BRCA1/2, PALB2, PTEN e outros, associados à predisposição ao câncer de mama, permite não só a detecção precoce da doença, mas também a adoção de medidas preventivas que podem salvar vidas”, frisa o projeto de lei.

A deputada Cristina Silvestri (PP) elogiou o projeto e ressaltou o pioneirismo do Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava (Ipec), que promoveu o sequenciamento genético de moradores da região por meio do projeto Genomas Paraná, financiado pelo Executivo estadual. “Com o sequenciamento, você pode descobrir várias doenças, de onde elas vêm e como preveni-las”, destacou.

Vistas

A deputada Marcia Huçulak (PSD) pediu vistas ao projeto de lei 830/2025, que obriga hospitais, clínicas e maternidades a relatarem dados anonimizados de abortamentos à Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), por meio de relatórios mensais. A iniciativa abrange a rede pública e privada. Dentre as informações a serem relatadas estão o número total de procedimentos, a idade gestacional e o método utilizado. Huçulak manifestou preocupação quanto à garantia de anonimato às mulheres que vivem em municípios pequenos.

De autoria do deputado Mario Pacheco (PP), o texto prevê que as instituições detalhem a justificativa do aborto — espontâneo, risco à vida da gestante, gestação em decorrência de estupro ou anencefalia fetal. Além disso, devem ser relatados o número de mulheres que morreram devido a procedimentos provocados e espontâneos, realizados em ambientes hospitalares e externos; bem como os procedimentos de curetagem decorrentes de interrupções de gravidez e os atendimentos por complicações.

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