“Este é o maior espaço para a venda de produtos orgânicos do Brasil e o primeiro que é permanente”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, durante a inauguração do Mercado de Orgânicos de Curitiba. O ministro também apontou em cifras e dados o tamanho exato da obra. Segundo ele, foram investidos 2,5 milhões de reais, dos quais a maior fatia, de 2 milhões, é proveniente dos cofres do governo federal. Os outros 500 mil, da contrapartida do município. Cassel também lembrou que em 2003, quando o Presidente Lula assumiu o governo do Brasil, eram destinados para os agricultores paranaenses, por meio do crédito rural, aproximadamente 300 milhões de reais com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Este ano, o Banco do Brasil vai disponibilizar pelo Pronaf 1,5 bilhões de reais para atender às necessidades dos produtores paranaenses. A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) fez as contas e constatou que, com esse incremento na política agrícola, serão 70 mil agricultores a mais, beneficiados com o acesso ao crédito do Pronaf. O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, lembrou também que 10% dos recursos do crédito aos agricultores familiares no Banco do Brasil serão destinados ao fomento da agricultura orgânica. “A agricultura orgânica não é uma alternativa, mas um modelo de produção de alimentos para ser adotado pelos demais produtores como garantia de segurança alimentar”, disse Bianchini. A solenidade de inauguração do Mercado de Orgânicos de Curitiba aconteceu no Espaço Maurício Burmester do Amaral, local onde serão realizados cursos de capacitação, reuniões e eventos de promoção da agricultura orgânica. O nome do espaço é uma homenagem ao engenheiro agrônomo curitibano, falecido em 1999. Ele formou-se pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde atuou no GEAE – Grupo de Estudos de Agroecologia – e foi um dos estudiosos que defendeu que a universidade abrisse espaços em sua área da Fazenda do Canguiri para experimentos agroecológicos. Foi também um dos fundadores da Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia (AOPA) no Paraná e da Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica em Botucatu, São Paulo, além de defensor da criação das feiras de orgânicos em Curitiba e dedicou-se a assessorar as organizações dos agricultores familiares na conversão das lavouras convencionais em sistemas agroecológicos. Os pais, Haroldo do Amaral e Karin Burmester do Amaral, e a viúva, Ana Rita Henning, receberam as homenagens que foram prestadas ao agrônomo curitibano na inauguração do Mercado de Orgânicos da capital. Dos 22 estandes do mercado, quatro bancas são ocupadas pela Cooperativa de Comercialização da Agricultura Familiar Integrada (Coopafi) e abrigam a produção da agricultura familiar do Vale do Ribeira (Coopafi Cerro Azul), do Sudoeste do Paraná e de municípios da região Metropolitana de Curitiba. Contato: - Deputada Luciana Rafagnin – (41) 3350-4087 / 3350-4249 – Em Francisco Beltrão: (46) 3524-0939.