A Codapar vai reativar o armazém de Pato Branco e disponibilizar a estrutura para que a Conab possa estocar os produtos comprados dos agricultores paranaenses, seja pela modalidade de Aquisição do Governo Federal (AGF) ou pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da agricultura familiar. Assim como a unidade de Pato Branco, também será reativado o armazém da Codapar de Ivaiporã para esse fim. “Todas as 14 unidades da Codapar estão à disposição da Conab e também atendem os produtores dentro do Programa Estadual de Apoio ao Pós-Colheita, inclusive para comprar e armazenar a produção de feijão dos agricultores e, dessa forma, forçar uma recuperação nos preços pagos ao produtor no mercado de grãos”, disse o diretor técnico operacional da Codapar, Davi Calarga Pinezi. Pinezi participou de reunião, ontem com o superintendente regional da Conab no Paraná, Lafaete Jacomel, e com o gerente de operações do órgão federal, Valmor Luiz Bordin, quando se decidiu ampliar a capacidade de atendimento do programa, reaproveitando estruturas que estavam ociosas.A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT), autora da proposta nº 406/2007 de criação do programa de apoio aos agricultores familiares nas áreas de beneficiamento, armazenagem e comercialização da produção agrícola, acredita que a reativação das unidades da Codapar irá favorecer um melhor aproveitamento da produção agrícola, aproximar o atendimento dos agricultores, diminuir as distâncias e as perdas no pós-colheita e também aumentar a renda das famílias produtoras. O vice-presidente do Sistema Coopafi, Ivo Vial, que representa 20 cooperativas de comercialização da agricultura familiar no Paraná, disse que a reativação de espaços públicos é uma necessidade. “Estamos recebendo um grande volume de feijão, nesta época, para ser beneficiado, comercializado e, por isso, precisamos dessa estrutura”, disse. Por falta de local para receber o feijão produzido por oito mil famílias de dez municípios, a Coopafi de Coronel Vivida teve de alugar recentemente um barracão particular no município a um custo mensal de R$ 1.500,00. A Codapar ofereceu anteriormente para a cooperativa de Coronel Vivida espaços na unidade armazenadora de Santo Antônio do Sudoeste, a 200 Km de distância. Mas com a reativação da unidade de Pato Branco, os produtos de Coronel Vivida viajarão apenas 30 Km. É grande a expectativa das cooperativas da agricultura familiar também com relação à liberação de recursos do governo federal no mês de abril para aquisição de feijão pelo PAA, pagando nessa comercialização em torno de R$ 87,00 a saca de 60 quilos. “Sem sombra de dúvidas, o melhor comprador de feijão para o pequeno produtor é o governo federal”, afirma Vial. O feijão está cotado no mercado paranaense, hoje, a R$ 62,42 a saca do carioca e R$ 65,67, do preto, uma queda, respectivamente, de 1,59% e 1,26% com base na última pesquisa do Deral/Seab. Contatos: Ivo Vial (Sistema Coopafi) – (46) 9975-2170; Deputada estadual Luciana Rafagnin – (41) 3350-4087 / 3350-4249 – Em Francisco Beltrão: (46) 3524-0939.