Segundo informações do Banco Mundial, apuradas pela deputada estadual Cida Borghetti (PP), a violência contra a mulher causa mais mortes no mundo do que o câncer, a malária, os acidentes de trânsito ou até mesmo a guerra, em mulheres entre 15 e 44 anos de idade. Pelo menos uma mulher em cada três sofre violência física, sexual e outros tipos de abusos, na maioria dos casos, praticados por pessoas íntimas ou membros da família. Ainda segundo a deputada, esses abusos trazem conseqüências dramáticas como: gravidez indesejada, abortos inseguros, complicações por gestações de alto risco, DST, problemas ginecológicos persistentes e danos psicológicos graves. Para reduzir esses índices alarmantes a deputada estadual Cida Borghetti apresentou projeto de lei na Assembléia Legislativa do Paraná que cria o Programa de Combate a Violência Contra a Mulher. De acordo com a deputada, o projeto dá as diretrizes para que o Poder Executivo implemente políticas públicas integradas de combate à esse tipo de crime “O objetivo é formar um grupo de trabalho para traçar as políticas públicas mais eficientes para o combate a violência contra a mulher e utilizar os órgãos públicos competentes para colocá-las em prática”, afirma a parlamentar. O programa será executado pela Secretaria de Estado da Saúde em cooperação com o conselho estadual da mulher e integrado pelas entidades responsáveis da administração pública estadual e municipal. De acordo com a deputada, apenas uma em cada dez mulheres em situação de violência, que procuram atendimento médico, é oficialmente reconhecida pelos profissionais de saúde como mulher espancada. Na maioria dos casos, segundo Cida Borghetti, o espancamento é negado. “Precisamos criar um sistema de atendimento à mulher mais sofisticado, em que, além de oferecer o tratamento das lesões, automaticamente a polícia seja acionada para punir o agressor e a mulher tenha amparo físico, mental e, ainda, incentivos para encontrar um trabalho e se afastar dos maus tratos”. Cida Borghetti explica que muitas vezes a mulher não faz a denuncia, porque o agressor é seu próprio conjugue e existe a dependência financeira.A redação final desse projeto foi aprovada pelos deputados, nesta quarta-feira (19), e segue agora para sanção do governador Roberto Requião.Gabinete da deputada Cida BorghettiAssessoria de ImprensaAndré Marassi3350-4071/8417-0456