Pedágio na BR-376/101 isola população da localidade de Pedra Branca do AraraquaraA Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou nesta semana um requerimento, apresentando pelo deputado estadual Edson Strapasson (PMDB), solicitando que Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a empresa Obrascon Huarte Lain Brasil S.A (OHL Brasil) apresentem uma forma alternativa para acesso dos moradores do distrito de Pedra Branca do Araraquara, município de Guaratuba, litoral paranaense. A via utilizada para acesso dos moradores à BR-376/101 foi fechada pela OHL, quando da construção da praça de pedágio em Garuva (SC), na divisa entre o Paraná e Santa Catarina. Agora, para entrar no distrito, os moradores são obrigados a pagar pedágio e ainda percorrer aproximadamente 12 quilômetros de via não pavimentada.Strapasson pede que a concessionária realize um cadastro dos moradores do distrito e os isente do pagamento de pedágio. A população encaminhou ao parlamentar pedido de apoio para resolver o problema. “As pessoas afetadas, em sua grande maioria, são humildes e dependem do comércio de beira de estrada para sustentar suas famílias. Elas possuem renda próxima do mínimo regional e não podem arcar com o pagamento de pedágio toda vez que se deslocam para exercer suas atividades profissionais”, defende o deputado Strapasson.Já em setembro de 2008, a associação de moradores local demonstrava preocupação com os transtornos que a instalação da praça de pedágio traria para os moradores da região. A associação chegou até a encaminhar um oficio à ANTT e OHL antecipando o problema. Segundo resposta da empresa, enviada em 19 de setembro, os usuários que não pudessem pagar poderiam ter acesso ao distrito por uma estrada municipal, paralela à rodovia. Entretanto, os moradores afirmam que esta via encontra-se em estado precário. Além disso, para chegar até o distrito por essa via é necessário percorrer cerca de 24 quilômetros, passando obrigatoriamente pelo município de Garuva, enquanto que pela estrada, fechada pela OHL, o trecho percorrido é de dois quilômetros.“A população da região não pode ter o seu direito de ir e vir prejudicado por conta da construção de uma praça de pedágio. Nosso requerimento é exatamente no sentido que haja um entendimento da concessionária OHL e que através de um cadastro de moradores seja implementada a isenção da tarifa para as famílias moradoras da região”, explicou Strapasson.