O líder da Oposição na Assembléia Legislativa, deputado Elio Rusch (DEM) usou a tribuna nesta Terça-feira para fazer algumas ponderações sobre a prestação de contas do governador Roberto Requião, relativa ao ano de 2008. Para Elio Rusch “2009 deverá ser um ano de amplos e calorosos debates. Nossa atuação continuará sendo na direção do desenvolvimento, pois entendemos que o Paraná tem que ir bem para os paranaenses irem melhor. Continuaremos, também, fiscalizando a atuação do Governo e cobrando as necessárias providências no sentido de garantir uma qualidade de vida melhor ao nosso povo”. Rusch notou que “do relato do governador é possível concluir que há dois Paranás: um Paraná do governador e outro dos paranaenses. Enquanto se fala em recuperação de milhares de quilômetros de estradas o Oeste e o Sudoeste convivem com trechos impraticáveis”. Elio Rusch destaca que “o governador vê vagas suficientes nos presídios, mas no Paraná real os presídios estão lotados; ele diz que a saúde é perfeita, mas todos os dias temos relatos de filas nos postos de saúde, pessoas morrendo por falta de assistência”. SEGURANÇA Na opinião de Elio Rusch “uma das áreas que mais chama a nossa atenção é a segurança pública. Investir neste setor é uma necessidade premente. É vital que o Governo Estadual se junte ao Governo Federal e tome as devidas providências no combate à violência e ao crime organizado”. Segundo Rusch “a segurança no Paraná vive o caos. E piorou muito desde que foi instalada a Penitenciária Federal de Catanduvas. Aliás, fomos contra a construção deste presídio, pois ele trouxe para o nosso Estado Fernandinho Beira-Mar e outros criminosos de alta periculosidade. E com eles vieram as facções. Crimes hediondos como a chacina de Guaíra(com 15 mortos) ou o triplo assassinato ocorrido em Marechal Cândido Rondon, no último dia 24 - que vitimou duas crianças inocentes, de 2 e 12 anos - são execuções típicas do crime organizado. E isto só pode ser combatido com articulação de esforços e uma atuação firme na área de fronteira, no Lago de Itaipu”. O parlamentar pondera que “as armas e munições que o crime organizado utiliza e as drogas que ele vende não são fabricadas no Brasil, mas não basta combater o tráfico em São Paulo, ou no Rio de Janeiro se as nossas fronteiras estão livres, como também não adianta fazer operações isoladas em Guaíra, em Foz ou no Lago de Itaipu. É preciso integrar esforços. Assim, esperamos que o governador Roberto Requião invista recursos e pessoal a fim de devolver a calma e a paz ao Oeste do Paraná”.