05/06/2008 09h07 | por Osni Gomes / 41 9161-5680
O decreto para desapropriação de área para a construção de um porto público em Pontal do Paraná foi criticado ontem (4) pelo deputado do PPS, Marcelo Rangel, durante pronunciamento na Assembléia Legislativa. “A construção de um Porto naquela região é importantíssima para o desenvolvimento logístico, entretanto a maneira como está sendo programado é que tem total desaprovação”, ressaltou.O investimento de US$ 400 milhões a US$ 700 milhões, que é o que vai custar o empreendimento não pode ser retirado dos cofres públicos, conforme frisou Rangel, lembrando que “o governo do Paraná não dá conta nem da administração dos portos de Paranaguá e Antonina, quem dirá de um empreendimento como este, que poderia ser totalmente bancado e administrado pela iniciativa privada”.O porto público de Pontal do Paraná, conforme frisou Rangel, vai depender também do Canal da Galheta que hoje opera com capacidade mínima pela falta de dragagem. “O Porto de Paranaguá tem problemas no Canal da Galheta, tem problemas no Silão, no sistema de informática, onde operam computadores totalmente ultrapassados e suscetíveis a toda sorte de alterações”, alertou Rangel. Ele fez iguais comentários sobre os problemas que se sucedem ainda no Porto de Antonina, que começam pelo trapiche totalmente comprometido e as más condições do sistema de armazenagem. Lembrou também que a Ponta do Felix perdeu recentemente a licença ambiental.O deputado Reinhold Stephanes, que é do PMDB, partido do governador, aplaudiu o discurso de Rangel e confirmou os problemas que existem nos portos do Paraná e comentou a inviabilidade da construção de um Porto Público.Ele falou do projeto apresentado pelo empresário João Carlos Ribeiro, que “era uma proposta de primeiro mundo”. Entretanto, quando foi submetida ao Governo do Paraná, não foi aprovada, lamentou o deputado.Ao final do seu pronunciamento Rangel frisou que “lamentavelmente o Governo do Paraná está na contramão do mundo nesta questão”.