Direitos Humanos promove audiência pública para apurar denúncias contra MST

08/11/2016 15h09 | por Claudia Ribeiro
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Depois da operação policial que levou para a prisão integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), entre outros acusados de se “aproveitarem do poder para cometer crimes”,  em  assentamentos de Quedas do Iguaçu, na região Sudoeste  do Paraná, e de outros dois estados,  o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, o deputado Tadeu Venéri (PT) promoveu, na manhã desta terça-feira (8)  uma audiência pública com a presença de representantes do Movimento, do Incra,  do ouvidor da Defensoria Pública do Paraná e do assessor especial para assuntos fundiários do  Governo do Estado. O objetivo, segundo Venéri, é  pedir uma apuração mais abrangente do caso, com denúncias que ele considera: “não se sustentam”.  

  Ao lado dos deputados Péricles de Mello (PT), Professor Lemos (PT) e de Chico Brasileiro (PSD), Venéri adiantou que visitou a região a pedido do movimento  e diz não ter  observado nenhuma irregularidade. Ele alegou que a Assembleia, por meio da Comissão, tem o dever de ouvir todos os lados do conflito para buscar esclarecimento.

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A área, de 63 mil hectares, chamada de Rio das Cobras, onde estão localizados os assentamentos, de  Celso Furtado,  Dom Tomás Balduíno, Dona Hilda e Santa Rita,  onde vivem mais de dez mil famílias do MST e onde também está localizada a fazenda da Araupel, é alvo de disputas há mais de 20 anos. A justiça já decidiu que ela pertence à União, mas, em função de recursos,  as ações se arrastam há décadas.  Hamilton Serighelli, que atua na assessoria especial para Assuntos Fundiários do Governo do Estado desde 2013,  contou, durante a audiência,  que lideranças Do MST o procuraram para denunciar pessoas que não são do movimento e que estariam usando armamento lá dentro.

(Sonora)

 O ouvidor da Defensoria Pública, Gerson da Silva  alega que acompanha a situação, mas suspeita que houve uma violação dos direitos humanos.

 (Sonora)

O ouvidor agrário do Incra, Raul Bergold, disse que os assentamentos da região (que são os maiores do país) são locais pacíficos, cuja distribuição de renda é igualitária e os moradores  trabalham para a  conservação da área. Por outro lado, a operação chamada de Castra, apontou que lideranças do MST cobravam por uso de água e energia no acampamento.  Segundo as investigações que aconteceram durante oito meses, lideranças mantinham uma espécie de “milícia particular A operação também aconteceu nos estados de  Mato Grosso do Sul e São Paulo. Oito  suspeitos de integrar a quadrilha foram presos.

Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro. 

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