Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 05/10/05Jornalista: Carlos SouzaDURVAL AMARAL DETALHA PROMESSAS ENGANOSAS DO GOVERNO REQUIÃOO deputado Durval Amaral (PFL) foi à tribuna nesta quarta-feira (05) para detalhar as promessas de campanhas não cumpridas pela atual administração estadual. Segundo o parlamentar, existem muitas ações não empreendidas e muitas outras que não condizem com os números prometidos e anunciados. “É importante lembrarmos o governo das suas promessas, afinal o governador se elegeu pregando a mudança e anunciando que levaria o Paraná a um estado de profunda transformação e desenvolvimento, algo que nem de longe podemos perceber”, afirmou Amaral. Como exemplo, o deputado citou o fato do governo comemorar a geração de 274 mil empregos no Paraná. “O número é importante, mas gostaria de entender porque o governo está tão eufórico”, questionou o parlamentar, lembrando que até o ano passado o governador Roberto Requião anunciava que tinha gerado 700 mil empregos. “Onde foram parar esses 426 mil empregos? Será que a propaganda anterior era enganosa? E mais. Com esses números, não será possível cumprir a promessa de campanha, que era de criar 1 milhão de empregos”, ressaltou o deputado. Amaral também lembrou que o próprio governador afirmou que demitiria os secretários que não estivessem “funcionando”. “Já se vão três anos de mandato e muitos cidadãos me questionam porque muitas secretarias não estão trabalhando. E, infelizmente, essa é uma verdade. Até hoje, vemos muitos secretários ostentando seus postos e nenhuma ação em favor da população paranaense”, disse o representante do PFL. DESENVOLVIMENTO – O deputado também fez um questionamento em plenário aos deputados da base aliada, perguntando se alguém seria capaz de citar o nome de, pelo menos, duas grandes empresas que se instalaram no Paraná na atual gestão. “Mesmo fazendo força e pesquisando nos jornais, não conseguir encontrar esses nomes”, observou Durval. “Nada se compara ao processo de industrialização e desenvolvimento gerado na gestão Jaime Lerner, quando tivemos quase uma centena de empresas se instalando no Paraná, o que permitiu uma mudança do regime estritamente agrícola, para um regime agro-industrial”, declarou o parlamentar. Amaral destacou ainda que se o governo estadual implantou o programa de isenção do ICMS, “isso é fruto das ações feitas no passado”. “Nós só temos essa realidade, hoje, porque o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) arrecadado pelo Estado junto as grandes empresas permite que se faça essa renúncia fiscal”, justificou o deputado. Atualmente, mais de 95% do ICMS arrecado pelo Estado decorre da instalação das grandes indústrias, em especial, do parque automotivo. Sobre as montadoras, como Renault, Audi, Volkswagen, Amaral ressaltou que elas sempre foram alvo de criticas intensas do governador Roberto Requião e que pretendia tornar públicos os contratos que condenou no governo Lerner. “Será que o governador esqueceu dessa promessa ou os números positivos das montadoras o fizeram mudar de idéia”, questionou. “Lembro que até semana passada, essa administração comemorava os resultados das exportações de carros pelas montadoras. Números esses que estão ajudando a manter o Porto de Paranaguá com as contas em dia, já que a atual administração só fez ações prejudiciais às exportações agrícolas”, concluiu Amaral.