Por proposição da deputada Claudia Pereira (PSC), o empresário Rilley Algodoal usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na tarde desta segunda-feira (21) para abordar a ação do Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense – COLIT, órgão normativo de deliberação coletiva componente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), com o objetivo de orientar políticas referentes a questões econômicas, sociais e ambientais, além da orientação política referente ao uso, parcelamento e ocupação do solo na região litorânea.
De acordo com o empresário, que defende pelo menos a criação de limites para a atuação do conselho, ele estaria atuando de forma excessivamente rígida e burocrática, afastando, com isso, potenciais investidores na região. Citou como exemplo, a título de comparação, o porto catarinense de Itajaí. Em 1999, o PIB daquela cidade catarinense era de R$ 1,5 bilhão. Hoje seria de R$ 18 bilhões. Em 1999, o PIB de Paranaguá, sempre segundo Algodoal, era quase o dobro do de Itajaí, e hoje não chega a um terço daquele. Referindo-se especificamente ao caso de uma lavanderia, que precisou esperar mais de sete anos pela licença ambiental para poder se instalar, o empresário apelou aos parlamentares para que estudem possibilidades de mudanças legais que possam permitir um melhor desempenho da economia local e a criação de novos postos de trabalho.
Antes de expor suas reivindicações, Algodoal elencou sua experiência de mais de vinte anos como dirigente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá, coordenador regional de Paranaguá e vice-presidente executivo da FIEP, entre várias outras atividades, e voltou a defender a necessidade de que o município venha a ter seu distrito industrial finalmente implantado.
O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), ponderou que o Legislativo estadual tem representado com empenho os interesses de Paranaguá e do Porto, como de todo Litoral, mas que, assim como o Poder Executivo, se vê muitas vezes obstruído por intervenções do Ministério Público, sob o argumento de defender o interesse público. Desta forma, sugeriu que os setores produtivos se unam e levem suas queixas igualmente ao MPPR, demonstrando a gravidade da situação. O deputado Tião Medeiros (PTB) também se manifestou na oportunidade, referindo-se ao trabalho desenvolvido pelo Governo do Estado nos últimos oito anos, que recuperou a eficiência do Porto, tirando-o da posição de 15º para 1º, em questão de respeito às normas ambientais.