O Governador Roberto Requião acaba de sancionar a Lei n. 15075 proposta pelo deputado Luiz Carlos Martins que autoriza o Governo do Estado a criar o Programa de Atendimento Psicopedagógico e Social nas escolas da rede pública de ensino fundamental e médio. A sanção do governador Roberto Requião foi publicada no Diário Oficial no dia 5 de maio. Na proposta do parlamentar, as escolas públicas estaduais deverão manter uma equipe interprofissional habilitada - formada por um psicólogo, um pedagogo e um assistente social. Tais profissionais deverão prestar atendimento psicopedagógico e social ao estudante matriculado e ainda, dar suporte técnico à direção e professores e orientar os pais. O projeto sugere que a contratação da equipe poderá ser feita por meio de convênios com faculdades e universidades do Estado. “Essa é uma medida preventiva, pois estamos cansados de saber onde vai parar essa situação se não reagirmos a tempo. È preciso ajudar as crianças e os jovens de hoje a enfrentar o futuro com confiança e serenidade”, adverte Luiz Carlos Martins. PROFESSORES SÃO AS PRIMEIRAS VÍTIMASNos últimos dez anos, de acordo com os índices apresentados na Síntese dos Indicadores Socais 2003 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de homicídios, acidentes, suicídios e outras causas não naturais envolvendo jovens cresceu a taxa de 173% entre 1991 e 2000, totalizando 1,11 milhão de mortes violentas. As razões, crise social e justiça criminal arcaica, só para citar duas velhas conhecidas da sociedade brasileira, colocam em posição de confronto pais, professores e estudantes. O fenômeno de tão alarmante já ganha ares de cancro social, comprometendo a já combalida segurança pública.Vítimas diretas, os professores sofrem diariamente com os reflexos da violência que começa nas ruas e termina no pátio da escola, e, não raro, dentro da sala de aula. De acordo com o psicanalista Raymundo de Lima, professor do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Estadual de Maringá, esse cenário contribui em parte para o aparecimento cada vez maior de casos de transtornos mentais entre a categoria. “Os professores estão sofrendo de fobia escolar, antes um fenômeno exclusivo das crianças. Muitos estão deixando o magistério”. Os números apresentados pela Secretaria do Estado da Educação confirmam que 27% dos afastamentos por doença na Rede Estadual de Ensino são por depressão, síndrome do pânico, ansiedade e bipolaridade. Mais informações: Márcia Godinho (41-96551722)