A Reforma Política foi o tema da mesa de debates que abriu a programação do “II Seminário da Escola do Legislativo – Poder Legislativo e Democracia Contemporânea”, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guto Silva (PSD) fez a abertura do evento, ressaltando a importância de se debater temas atuais e a aproximação da Casa com a sociedade.
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Em seguida, começou o debate com o primeiro palestrante, o cientista político Emerson Cervi. O doutor em Ciências Políticas pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), professor do programa de pós-graduação em Ciência Política e do programa de pós-graduação em Comunicação da UFPR, além de pesquisador nas áreas de comunicação política, opinião pública, eleições, financiamento de campanhas, sistemas eleitorais e metodologia da pesquisa, destacou que, quando se vai discutir reforma política, é necessário lembrar de quem está propondo as mudanças e falou das consequências da reforma a para a sociedade. Ele observou que foram muitas as mudanças na legislação em torno da política ao longo dos anos e lembrou, em especial, da minirreforma eleitoral de 2015, que vigorou nas eleições municipais de 2016. Para Cervi, ela representou avanços, já que alterou mais de 250 artigos de três leis, mas disse que foi pouco, diante do que espera a sociedade, que está mais atenta e que também muda ao longo do tempo.
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Em meio às discussões da Reforma Política na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, foi crítica a palestra de Bruno Pinheiro Reis, em relação à aprovação pelos deputados do chamado “distritão”, uma mudança significativa que pode valer para as próximas eleições. A substituição do voto proporcional pelo majoritário nas eleições para deputados e para vereadores em 2020, representa, na opinião dele, uma reforma que favorece a reeleição dos atuais parlamentares, que ele classificou como “uma medida desastrada”.
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Bruno Pinheiro Reis é doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro e pós-doutor pela University of Pennsylvania (UPENN), nos Estados Unidos, professor associado e vice-diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, além de pesquisador do projeto “Dinheiro e Política: a influência do poder econômico no Congresso Nacional”, no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Ele avalia como positiva a iniciativa da Escola do legislativo em promover o debate aproximando o meio acadêmico do Poder Legislativo.
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Emerson Cervi também elogiou a iniciativa da Assembleia paranaense em debater o tema, trazendo para a discussão professores, acadêmicos e os próprios servidores.
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Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.