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Especialistas e criadores se reúnem na Assembleia para tratar da expansão do cavalo crioulo no Paraná

Estado é o segundo no Brasil em número de animais cadastrados na Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).

Reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira (24), na Sala das Comissões.
Reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira (24), na Sala das Comissões. Créditos: Orlando Kissner/Alep

A expansão dos cavalos crioulos no estado foi tratada em uma reunião na Assembleia Legislativa do Paraná. O encontro, realizado nesta quarta-feira (24), foi organizado pelo deputado Alexandre Amaro (REP) e contou com a presença de criadores, técnicos e especialistas para debater a disseminação e a popularização da raça equina, fortalecendo sua presença em diversas atividades, como o trabalho, o esporte e o lazer.

O parlamentar é autor do projeto de lei que institui o Dia do Criador do Cavalo Crioulo, a ser comemorado em 22 de maio. “Alguns criadores pediram essa audiência para ouvirmos mais sobre o assunto e trazer essa discussão para dentro da Assembleia Legislativa. É muito importante criarmos leis para expandir cada vez mais a criação dos cavalos crioulos, pois sem o apoio do Poder Público essa tradição vai se perdendo”, explicou Amaro.

O Paraná é hoje o segundo estado com o maior número de animais cadastrados na Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), mesmo com a redução de 17 para sete núcleos ativos de criação.

“O Paraná está muito bem no cenário nacional e esse apoio legislativo pode contribuir para melhorar a produção do estado. Nossa intenção é demonstrar também a importância econômica. Ainda estamos fazendo uma pesquisa nacional, mas uma pequena prévia já mostrou que apenas no Rio Grande do Sul o cavalo movimenta R$ 3 bilhões ao ano, e cada exemplar movimenta R$ 8,9 mil. O Paraná também tem um movimento muito grande”, explicou o expansionista da ABCCC, Gerson Medeiros.

O médico veterinário e inspetor técnico da ABCCC, Gustavo Arhanitsch, falou do trabalho da associação desde o registro do animal até a inspeção nos eventos. “A preocupação que os núcleos têm na organização é muito grande, principalmente na atenção com os animais. É importante explicar esse trabalho para que as ONGs possam entender todos os cuidados”, afirmou.

Os produtores frisaram a diferença entre as competições com cavalo crioulo e o rodeio americano. “O crioulo é um cavalo de trabalho, possui aptidão com os bois, seguimos o regulamento do sangue zero da FEI (Federação Equestre Internacional), pois qualquer sinal de ferimento ou sofrimento desclassifica o animal, então o cuidado é muito grande. Também seguimos o manual de boas práticas com os bovinos que participam das provas”, explicou Gerson Medeiros.

“A preocupação é muito grande com o bem-estar, e o cuidado chega a ser excessivo. Esperamos que essa reunião seja o pontapé inicial para fortalecer as provas e para o Paraná se tornar referência e vitrine para outros estados”, disse o criador Rodrigo Mayer, que lamentou a falta de locais em Curitiba para este tipo de evento.

Também participaram os criadores Edemir Cenci, Emanuel Cenci, Pedro Luiz Bastian Vidal, Franco Larruscain e Olímpio Hugen.

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