Estados querem autonomia para regulamentar a destinação das carcaças de animais Paraná, Santa Catarina e Rio Grande querem que o Ministério da Agricultura autorize criação de legislação própria para os estados do Sul.

10/08/2015 16h05 | por Eduardo Santana

Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

A Assembleia Legislativa do Paraná, por meio da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, e também dos blocos Agropecuário e da Agricultura Familiar, vai participar de um grupo de trabalho para debater junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento uma solução para o destino das carcaças de animais mortos nas propriedades rurais do estado. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (10) durante a audiência pública “Mortandade animal nas propriedades rurais: destinação das carcaças”, realizada no Plenarinho da Casa por proposição do deputado Schiavinato (PP).

Além dos parlamentares paranaenses, também farão parte do grupo de trabalho representantes da Embrapa, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), das associações ligadas à suinocultura, avicultura e bovinocultura do estado, e das secretarias de agricultura dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A principal reivindicação é a criação de uma legislação específica para o assunto, em que pese o impacto econômico e ambiental envolvido, os riscos sanitários e de contaminação de lençóis freáticos e do solo.

O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), que abriu a audiência, ressaltou que a Casa dará o total apoio às decisões tomadas pelo grupo de trabalho. “Este é um tema de muita importância para o estado e medidas precisam ser tomadas o mais rápido possível. E a Assembleia está à disposição, de maneira irrestrita, para ajudar a buscar uma solução definitiva para os problemas relacionados ao destino das carcaças de animais mortos nas nossas propriedades”, declarou Traiano.

“Queremos levar todas as dificuldades que os produtores rurais estão passando. Nosso objetivo é que o Ministério da Agricultura dê autonomia aos três estados do Sul para que possam, por consenso, montar uma legislação com fiscalização absoluta, responsabilidade social e, acima de tudo, vigilância da sanidade animal. O problema existe, tem solução e temos que ser inteligentes o suficiente para buscar essa solução”, afirmou Schiavinato.

Segundo Inácio Kroetz, diretor-presidente da Adapar, com o significativo aumento do número de animais nas propriedades rurais, com o desenvolvimento da pecuária, é impossível realizar os processos tradicionais de descarte das carcaças. “Tem que retirar esses animais para outro lugar onde se possa fazer outros processos de reciclagem dessas carcaças, sem ferir o meio ambiente. Precisamos regulamentar esse processo. Não defendemos nenhuma metodologia específica de destinação dessas carcaças. Existem várias. O que temos que fazer é uma regulamentação para que os estados tomem suas atitudes de acordo com suas necessidades”, ressaltou

*Confira o vídeo relacionado no Facebook da Assembleia Legislativa do Paraná.

 

 

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