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Estudantes participam da sessão da Assembleia Legislativa e defendem ocupação das escolas A exemplo do que ocorreu na terça-feira (25), presidente da Alep, Ademar Traiano, abriu espaço para que estudantes se manifestassem em Plenário.

26/10/2016 16h44 | por Kharina Guimarães
Representantes Movimento Ocupa Paraná, Ana Júlia Pires Ribeiro e Nicoly Moreira do Nascimento.

Representantes Movimento Ocupa Paraná, Ana Júlia Pires Ribeiro e Nicoly Moreira do Nascimento.Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

Representantes Movimento Ocupa Paraná, Ana Júlia Pires Ribeiro e Nicoly Moreira do Nascimento.


Estudantes que integram o movimento de ocupação das escolas do Paraná participaram da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná nesta quarta-feira (26). Depois do amplo debate sobre o assunto realizado na sessão da terça-feira (25), com a participação de representantes do Movimento Desocupa Paraná, o deputado Tadeu Veneri (PT) solicitou que defensores das ocupações também utilizassem a tribuna, no que foi atendido pelo deputado Ademar Traiano (PSDB), presidente da Alep.

A estudante Nicoly Moreira do Nascimento, 15 anos, aluna do Colégio Estadual Santa Felicidade, defendeu as ocupações por acreditar que o movimento é pacífico e luta por uma educação melhor. “O que me motivou a estar aqui hoje foi saber que tem muitas pessoas que ainda estão apoiando (o movimento). Que dentro do movimento tem jovens querendo educação. A gente não está para fazer bagunça. A gente quer apenas educação. Estamos aqui para defender as ocupações que são pacíficas, ocupações onde a gente não tem intenção de prejudicar ninguém. Todos querem ter o direito à educação. A gente também quer, mas não quer ter o direito de estudar para tirar um seis e passar de ano. Quer ter o direito de estudar para obter conhecimento. Uma reforma dessa forma (como propõe o governo federal) é horrível. A reforma tem que vir desde a base”.

Em seu discurso, Ana Júlia Pires Ribeiro, 16 anos, estudante do Colégio Estadual Senador Manoel de Alencar Guimarães, reconheceu a necessidade de reforma do sistema educacional, mas afirmou que a Medida Provisória em tramitação no Congresso Nacional tem falhas. A aluna agradeceu a oportunidade de apresentar a opinião do movimento. “Foi um grande privilégio poder estar aqui representando o movimento estudantil. Eu gostei de a gente também conseguir expor o nosso lado”. Ana Júlia também falou sobre a violência no ambiente escolar. “É uma coisa rotineira. Todos os dias a gente tem essa preocupação com os estudantes, que por algum motivo estão envolvidos em alguma coisa desse jeito. Não é algo com que o movimento tenha alguma relação. Infelizmente, o caso do aluno assassinado dentro de um colégio não vai ser o último”.

Para o deputado Tadeu Veneri era preciso ouvir os dois lados da questão. Ele enalteceu os discursos das estudantes. “Era preciso que nós ouvíssemos o outro lado. Por que esses meninos de 14, 15, 17 anos, estão ocupando as escolas? Hoje, quando essas meninas vieram aqui, fizeram uma afirmação que me parece fundamental. A escola não é do estado, a escola não é dos deputados, a escola não é dos alunos. A escola é de todos os paranaenses, e justamente por isso querem uma escola melhor. Eu estou aqui há muitos anos, e talvez pela primeira vez eu tenha visto duas meninas falarem para mais de 30 deputados sem que ouvíssemos nenhum comentário. Nós saímos todos daqui melhores e com certeza vamos aprender com esses jovens”.

Já o deputado Hussein Bakri (PSD), presidente da Comissão de Educação da Alep, defendeu que o movimento já deu a contribuição a que se propôs e ressaltou a posição do presidente da Assembleia, Ademar Traiano, em abrir espaço para o debate. “Essa é uma prática da Casa. O presidente Traiano tem se mostrado totalmente democrático. Estamos cumprindo nosso papel. Eu acho que o contraditório sempre é bom. A discussão é válida, ainda que não caiba ao Paraná essa decisão final. Ainda assim acho o movimento válido, mas acabou o tempo desse movimento. É isso que eles não estão entendendo. Ao mesmo tempo, eles têm que entender que estão interferindo no direito do outro. Tem alunos que terão que concluir o ano letivo sabe lá quando”.

 

 

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