A redução de quase quatro milhões de reais na renda injetada na economia do município, aliado ao acelerado crescimento do desemprego dos últimos anos, provocou o lançamento da Carta Aberta de Paranaguá, um alerta em forma de um levantamento estatístico econômico produzido pela Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap).Depois de mostrar este perigoso retrato da economia do município para a comunidade portuária, autoridades públicas, sindicatos, classe empresarial e entidades classistas, a Aciap apresentou a Carta Aberta aos pastores, presbíteros, obreiros e membros das diversas denominações evangélicas de Paranaguá. O presidente da Associação dos Ministros Evangélicos de Paranaguá (Amep), pastor Alaor Costa atendeu o convite assim como a maioria dos pastores que atuam na cidade.Da mesma forma que ocorreu no seu lançamento, a Carta Aberta de Paranaguá foi apresentada logo após um Café da Manhã servida na Aciap no último dia 8 deste mês. Mais uma vez, o deputado estadual Waldir Leite (PPS) prestigiou o evento que contou ainda com a presença do prefeito José Baka Filho (PDT) e do presidente da Câmara de Vereadores Rudolf Amatuzzi Franco (PTB). O presidente da Aciap, Alceu Claro Chaves, recordou o objetivo da “Carta Aberta em Defesa de Paranaguá”, que é o de conclamar autoridades federais, estaduais e municipais, empresários e trabalhadores, entidades de classe e sindicatos para buscarem, juntos, soluções para que a cidade retome a dinâmica de sua principal atividade, a portuária, que mobiliza todos os demais setores da economia do município.O deputado Leite que já se pronunciou na Assembléia Legislativa sobre a Carta Aberta, reforçou a denuncia da paralisação de atividades econômicas no município, resultado da migração de cargas para os portos paulistas e catarinenses. Ele ressalta os aterradores números apresentados pela Carta Aberta que computam a redução de R$ 3.853.800,00 na renda injetada na economia local, reflexo da fuga das cargas para esses portos. No seu discurso na Aciap o deputado Leite lamentou a queda do movimento no porto que fez muitos trabalhadores perderem o emprego no ano passado. Questionado sobre o que estava fazendo em relação ao problema, o deputado lembrou tem se posicionado em favor da cidade, dos trabalhadores e comunidade portuária através dos seus pronunciamentos no plenário da Assembléia. Justificou ainda ser este o fato pelo qual não apóia a administração do governador Roberto Requião, pois na sua maneira de ver, ela está sendo prejudicial para cidade e região. Lembrou ainda que, em 204, polemizou com a superintendência da Appa integrando o Movimento Pró Paranaguá que paralisou o porto por cinco dias, em forma de protesto, reivindicando ações e agilidade no porto de Paranaguá.O evento foi encerrado com uma oração feita pelos pastores que se propuseram a orar pelas mudanças e retomado do crescimento, além de repassarem o teor da carta para os membros de suas igrejas.Proposta da CartaA Carta Aberta define três pontos de ação a serem investidos nesta cruzada para retomada do crescimento na cidade;- A criação de um fórum permanente para acompanhamento da observância das normas governamentais da Delegação pela Autoridade Portuária, definidas pelo Ministério dos Transportes, Agência Nacional de Transportes Aquaviários e do Conselho de Autoridade portuária, entre outros organismos, denunciando e tomando iniciativas cabíveis que necessários;- Intensificar ações para a melhoria no relacionamento com a Autoridade Portuária, visando à busca de soluções legais e técnicas que atendam as aspirações da Comunidade Portuária, e- Apesar para que as representações do Paraná no Senado, Câmara Federal e Assembléia Legislativa, dispensem maior atenção e cuidados para com o porto de Paranaguá, não só na busca dos investimentos necessários mas, especialmente, no acompanhamento da gestão portuária.