Ex-superintendente da APPA depõe na CPI dos Portos

23/11/2011 16h13 | por Rodrigo Rossi
Membros da CPI dos Portos ouvem o ex-superintendente da APPA, Daniel Lúcio de Oliveira Souza.

Membros da CPI dos Portos ouvem o ex-superintendente da APPA, Daniel Lúcio de Oliveira Souza.Créditos: Nani Gois/Alep

Membros da CPI dos Portos ouvem o ex-superintendente da APPA, Daniel Lúcio de Oliveira Souza.
O ex-superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), entre 2008 e 2010, Daniel Lúcio de Oliveira Souza, compareceu à reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades na gestão dos portos paranaenses, na manhã desta quarta-feira (23), na Assembleia Legislativa. O depoente relatou aos deputados, por mais de duas horas, sobre o período em que esteve à frente da APPA. Discorreu também a respeito da licitação envolvendo a dragagem do Canal da Galheta e a situação de desvio de cargas no terminal privado do Porto, que desencadeou a investigação da Polícia Federal denominada Operação Dallas. Na próxima terça-feira (29), Souza vai comparecer novamente perante a CPI, às 9h30, para dar continuidade ao depoimento.

Segundo ele, a licitação para dragagem do canal foi realizada dentro das exigências legais e uma das empresas, quando da vistoria técnica da draga por parte dos técnicos da APPA, apresentava o objeto em desacordo com o edital, o que desencadeou um embaraço jurídico por ter sido ela desclassificada. “A sociedade paranaense teve todo o zelo do superintendente nesta transação da draga. A draga era um projeto de Estado e deveria ser multifuncional para atender as necessidades que lá existem”, afirmou o ex-superintendente, lembrando também que as denúncias e investigações de desvio de grãos não diziam respeito ao terminal público do Porto, portanto, não poderia ele ser responsabilizado. “O superintendente da Appa responde pelo silo público. E a ação diz respeito ao desvio de grãos no terminal privado. Houve desvio no terminal público? Não.”, emendou.

Para o presidente da CPI, deputado Douglas Fabrício (PPS), a presença do ex-superintendente foi positiva no sentido de esclarecer dúvidas dos deputados. Ele lembrou ainda que o objetivo não é promover uma “caça às bruxas”, mas contribuir para que ocorram melhorias na gestão da APPA. Como os assuntos não foram esgotados, principalmente envolvendo questões ambientais e trabalhistas do Porto, uma nova reunião com o ex-dirigente já foi agendada. “A presença do ex-superintendente foi importante porque trouxe uma série de informações para a CPI. Vamos tratar de outros assuntos na próxima semana, mas vejo como positiva a vinda dele, assim como de outras pessoas que foram convidadas e estão contribuindo com o nosso trabalho”.

Na avaliação do deputado Rasca Rodrigues (PV), a presença do ex-superintendente na CPI permitiu também a apresentação de mais uma versão sobre os fatos que envolvem o porto. De acordo com ele, não se pode partidarizar ou criar uma disputa entre governos, devendo-se buscar caminhos para melhorias, com a apuração dos fatos e das diferentes versões. “Dá para perceber que são versões sobre o porto. Temos que esclarecer tudo o que envolve a APPA, não podendo ser simplesmente governo contra governo, partidarizando-se a questão. Portanto, a CPI vai ser importante neste sentido, em apurar e confrontar as versões”.
Os deputados Fernando Scanavaca (PDT), Pedro Lupion (DEM) e Ademir Bier (PMDB) também participaram da reunião da CPI.

 

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