Para marcar a Semana Nacional do Excepcional, a Assembleia Legislativa recebe de hoje (22) até quinta-feira (25) exposição de artes dos estudantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Nova Aurora. O evento, no hall de entrada da Casa, atende solicitação do deputado Professor Lemos (PT). “É um convite à superação do preconceito. Um evento importante para a educação e para a sociedade, dando voz e espaço aos alunos, profissionais, pais e amigos da causa”, disse.
A mostra, de ac
ordo com o deputado, também é uma oportunidade de sensibilizar e conscientizar a sociedade e os órgãos públicos e privados sobre os direitos fundamentais das pessoas portadoras de necessidades especiais. “Dar visibilidade a este trabalho é quebrar preconceitos e romper com a discriminação. É também um trabalho de inclusão e respeito, demonstrando que o lugar da pessoa com deficiência é em todo o lugar”, afirmou Lemos.
Sonho possível – A presidente da Apae de Nova Aurora, Sirlei Semi Vieira Boaretto, explica que a mostra surgiu de um sonho. “Eu achava que era impossível expor na Assembleia Legislativa devido às inúmeras dificuldades, mas este sonho se tornou possível”, disse, ao agradecer a oportunidade. Para ela, que também é mãe de uma criança especial, o evento é uma forma de mostrar à sociedade que com paciência, dedicação, muito trabalho e amor pela causa, a pessoa com deficiência é capaz de ser incluída na sociedade psicologicamente, culturalmente e profissionalmente. “A nossa luta é grande e poder mostrar o trabalho de nossos alunos e filhos é muito gratificante”, afirmou Sirlei, ao contar que depois que seu filho, Elton Vieira Boaretto, de 19 anos, começou a pintar, sua autoestima e seu desenvolvimento pedagógico melhoraram muito. “Que nossos governantes
olhem nossas entidades não como um peso à sociedade, mas como uma oportunidade e uma chance de trabalho”.

Há cinco anos trabalhando como voluntário na Apae de Nova Aurora, o professor de artes plásticas Edno Basso conta que trabalhar com pessoas com deficiências é gratificante. “Eles são mais carinhosos, atenciosos e dedicados. E por serem mais aplicados acho mais fácil trabalhar com eles do que com jovens comuns”, diz Basso, ao assegurar que as aulas de pintura ajudam os jovens a desenvolver a concentração e a autoestima.