Feliciano Rodrigues e Tereza Rosa de Oliveira Rodrigues recebem o título de Cidadania Honorária do Paraná Conhecidos como Pai Tomé e Mãe Rosária, casal é referência na religião afro-brasileira, perpetuando e semeando as doutrinas da umbanda.

30/06/2022 19h49 | por Rafael Guareski
Os pais de santo, Feliciano Rodrigues e Tereza Rosa de Oliveira Rodrigues recebem o título de Cidadania Benemérita do Paraná.

Os pais de santo, Feliciano Rodrigues e Tereza Rosa de Oliveira Rodrigues recebem o título de Cidadania Benemérita do Paraná.Créditos: Orlando Kissner/Alep

Os pais de santo, Feliciano Rodrigues e Tereza Rosa de Oliveira Rodrigues recebem o título de Cidadania Benemérita do Paraná.

Os pais de santo, Feliciano Rodrigues e Tereza Rosa de Oliveira Rodrigues recebem o título de Cidadania Benemérita do Paraná.Créditos: Orlando Kissner/Alep

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Os pais de santo, Feliciano Rodrigues e Tereza Rosa de Oliveira Rodrigues recebem o título de Cidadania Benemérita do Paraná.

Por proposição do deputado Goura (PDT), foi entregue, em solenidade realizada nesta quinta-feira (30) na Assembleia Legislativa do Paraná, o Título de Cidadania Honorária do Paraná ao casal Feliciano Rodrigues e Tereza Rosa de Oliveira Rodrigues, ambos responsáveis por ações sociais em apoio à comunidade, por meio da prestação de assistência espiritual e psicológica, estabelecendo laços de solidariedade com a comunidade e atendendo indistintamente a todos que lhes procuram. O casal é responsável pelo Terreiro Pai Tomé e Mãe Rosária, em Curitiba.

Tereza Rosa de Oliveira Rodrigues, nasceu em Guarantã, estado de São Paulo, em 28 de setembro de 1950. É de família tradicionalmente católica, filha de Euclides Rosa de Oliveira e Sebastiana Aparecida Conceição de Oliveira. Embora seus pais tivessem o desejo de que se tornasse freira, em 1969 casou-se com Feliciano Rodrigues, nascido na cidade de Presidente Venceslau, também no estado de São Paulo, em 2 de dezembro de 1944. Feliciano é de família kardecista, filho de João Rodrigues e Georgina Rodrigues de Oliveira.

Em 1973, mudaram-se para Paranavaí, no Noroeste do Estado do Paraná. Lá, seus familiares lhes apresentaram a umbanda raiz, no terreiro de Pai Felipe de Aruanda, que os informou sobre a missão espiritual de ambos.

Na década de 1980, com a alta demanda de amparo espiritual da população, ajudavam a comunidade com atendimentos e benzimentos. Em 1982, ergueram seu próprio terreiro para ajudar o público, desenvolvendo os médiuns e formando uma comunidade umbandista na região.

A eficiência de seus trabalhos se expandiu além da pequena cidade de Paranavaí, alcançando o Sul do Estado e também a Capital, Curitiba. Inicialmente vinham até a Capital apenas para ajudar quem precisasse, nas doenças, nas comorbidades ou em diferentes problemas espirituais.

Em 1986, o casal se mudou para a capital, e passaram por muitas dificuldades, como a falta de emprego, adaptação ao novo local e a chegada de sua mais nova filha.

O autor da proposta, deputado Goura (PDT) lembrou da importância em valorizar culturas muitas vezes esquecidas pela população. “Eu conheci o terreiro onde eles trabalham e fiquei comovido com a história de dedicação com a vida espiritual. Muito se fala que no Paraná não tem negros, que não temos samba, que não temos heranças dos povos negros, e pelo contrário, aqui na região Sul o Paraná é o estado mais negro. O que estamos fazendo hoje é a reafirmação da importância deste casal para a vida espiritual das religiões de matriz africanas para um mundo e um Paraná mais tolerante”, disse o deputado.

Feliciano Rodrigues se mostrou surpreso com a homenagem, segundo ele, o trabalho desenvolvido foi sempre com o coração e na tentativa de um mundo melhor para todos. “É uma satisfação muito grande estar com vocês, espero que esse dia de hoje reflita na vida de todos nós por um longo tempo. Hoje é um dia de graça, dia de axé, de benção divina, não só para nós, mas para todas os representantes de todas as religiões que aqui se reuniram a nós, para mostrar que religião não tem fronteira, não tem porque ter intolerância. Todos nós somos filhos do mesmo pai, caminhamos na mesma direção em busca da dignidade. Que Deus abençoe a Assembleia que cedeu esse espaço para receber essa homenagem. Homenagem feita de bom coração, de uma forma que eu mesmo não esperava. Não esperava ter o merecimento desse título, mas assim foi feito e agradeço a todos que se empenharam e que aqui estão nos prestigiando. Que Oxalá abençoe todos nós. Axé!!!”, disse.

A filha do casal homenageado, Fátima Aparecida Rodrigues também falou sobre a importância da valorização das diferentes culturas existentes no Paraná. “Quero que todos se sintam homenageados. Quero que todos recebam isso, não é só para nosso terreiro, é para todos nós. Muito obrigado”.

A luta pelo fim da desigualdade e do preconceito com a religião foi comentada pela Iyalorisa Celia Oliveira de Oxum, da Casa Templo Natural Águas de Oxum. “Somos um movimento de muita luta, principalmente contra o racismo, mas é importante deixar claro que somos uma religião do bem, de pessoas esclarecidas, cultas, e somos uma vertente do bem”, concluiu.

Atualmente, Dona Tereza e Seu Feliciano ainda realizam atendimentos no Bairro Abranches, onde moram desde 1987. O terreiro em que trabalham é objeto de processo de tombamento municipal, tombamento em âmbito municipal, tendo sido emitido Parecer pela Câmara Técnica do Patrimônio Imaterial da Fundação Cultural de Curitiba reconhecendo o local como “território cultural”.







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