Fernando Carli Filho Apóia Projeto Federal de Incentivo às Regiões Pobres do Paraná

19/02/2008 11h28 | por Paulo Esteche / 41 3350-4072 - 8407-1716 / fernandocarlifilho@alep.pr.gov.br / www.fernandocarlifilho.com.br / MATÉRIA DE RESPONSABILIDADE DO GABINETE
O governo federal acaba de anunciar medidas que poderão trazer alento para as regiões Centro-Sul e Centro-Oeste do Paraná, consideradas os maiores “bolsões de pobreza” do interior do Estado. A expectativa é do deputado estadual Fernando Carli Filho (PSB), ao analisar notícia publicada no último domingo pelo jornal “Gazeta do Povo” sobre o Programa Territórios da Cidadania. O Programa prevê investimentos de R$ 130 milhões em assistência técnica e infra-estrutura em 20 municípios paranaenses, com especial atenção aos assentamentos e o desenvolvimento de projetos agrícolas. O pacote de medidas será lançado no próximo dia 25 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, beneficiando 58 regiões brasileiras. No Paraná, os recursos serão destinados para os municípios da Cantuquiriguaçu e Vale da Ribeira.O deputado Fernando Carli Filho parabenizou o governo federal pela iniciativa e conclamou o governo do Paraná a também participar com iniciativas que fortaleçam os municípios do interior. “O desenvolvimento do nosso Estado está concentrado em duas ou três regiões, que absorvem a maior parte dos investimentos em infra-estrutura”, alertou o parlamentar, explicando: “Não queremos que esses investimentos parem. Pelo contrário, o que queremos é ampliar as regiões beneficiadas, para que o crescimento ocorra de forma mais ordenada, evitando bolsões de pobreza.”Segundo Fernando Carli, a região de Guarapuava é considerada uma das mais pobres do Paraná por abrigar municípios com baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), ao mesmo tempo em que é, também, uma das regiões agrícolas mais desenvolvidas do Estado. “Temos a pobreza convivendo em meio à riqueza”, alertou ele. “Os empreendedores fazem a sua parte, aplicando conhecimento, técnica e recursos próprios. Mas há um vácuo de governo, pela ausência de programas que estimulem a industrialização da matéria-prima e projetos de inserção social com apoio à profissionalização da mão de obra” – acrescentou.PRESSÃO SOBRE AS PREFEITURASA falta de incentivos, de acordo com o parlamentar, tem provocado uma forte pressão sobre as prefeituras, que são obrigadas a arcar com graves problemas sociais e sofrem sérias limitações financeiras. Fernando Carli Filho cita o exemplo de Guarapuava, maior município do Centro-Sul, que absorve a maior parte do êxodo dos municípios vizinhos, onde são registrados os IDH negativos. “O IDH de Guarapuava é positivo, mas a realidade regional cria uma imagem de pobreza generalizada, quando na verdade temos um grande potencial a ser aproveitado”, afirma.O deputado diz que a criação da Região Metropolitana de Guarapuava, conforme projeto de sua autoria, seria uma saída “inteligente” para o governo do Estado, com apoio da Assembléia Legislativa. A seu ver, há um mito de que Regiões Metropolitanas só devem ser criadas onde há conurbação, ou seja, quando as populações de duas cidades estão se juntando. “Na nossa visão, a Região Metropolitana oferece condições especiais de auto-gerenciamento às regiões, propiciando que os municípios afins se reúnam em conselhos para debater e encaminhar problemas comuns, com autonomia para investimentos”, esclarece ele. No caso de Guarapuava, a Região Metropolitana teria um perfil agroindustrial, permeado por um cinturão de agroindústrias, plantações e criação de animais, com núcleos urbanos desenvolvidos. “O distrito de Entre Rios, em Guarapuava, colonizado por suábios e uma das comunidades rurais mais avançadas do Brasil, é uma prova de que isso é possível”, aponta o parlamentar. “Se as cidades atingem um nível de conurbação, o problema já está instalado e é praticamente irreversível. Nosso objetivo é exatamente evitar a conurbação. As cidades devem ficar interligadas, isto sim, por unidades de trabalho.”APOIO ÀS EMPRESASFernando Carli Filho considera que o governo federal tem outro projeto, de apoio às empresas, que deveria ser executado simultaneamente ao Programa Territórios da Cidadania. Estudos do BNDES classificam Guarapuava como uma região com potencial adormecido, em virtude da grande produção rural e da capacidade de industrialização da matéria-prima. O projeto seria aplicar recursos para fortalecer empresas existentes e gerar novas iniciativas empresariais, com dinheiro e juros acessíveis. “Um projeto completa o outro, pois com certeza a meta do governo é gerar emprego e renda e dar autonomia para as comunidades, propiciando-lhes qualidade de vida”, ponderou o deputado paranaense.O parlamentar estadual também está reivindicando junto ao governo federal a implantação de uma universidade tecnológica em Guarapuava. Por “coincidência”, o Centro-Sul é a única região do Paraná a ficar de fora do plano de expansão dessas instituições, embora seja uma das mais carentes. “As empresas precisam de mão de obra especializada e nossos jovens necessitam de especialização, com possibilidades de ganho maior”, salientou. “Tenho convicção de que há boa vontade das prefeituras e dos governos. Agora, é momento de pôr a mão na massa”, concluiu.

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