O líder dos democratas, deputado Plauto Miró Guimarães, concluiu após audiência da Comissão de Fiscalização, nesta quarta-feira (27), que falta vontade política do governo Requião para negociar com as concessionárias de pedágio.“O que ficou nítido é que as concessionárias querem que o Executivo se manifeste para discutir ponto a ponto e com isso buscar a tão esperada redução”. “O representante das concessionárias (João Chiminazzo Neto) deixou claro que as empresas estão abertas à negociação. Querem discutir os valores das tarifas e até mesmo a taxa interna de retorno, que é uma taxa necessária para igualar o valor de um investimento com os seus respectivos retornos futuros”, completou.Guimarães lembrou que o governador Requião conseguiu se eleger por duas vezes usando como discurso a redução nas tarifas ou o fim do pedágio no Paraná. “Na campanha de 2002 o slogan baixa ou acaba. Em 2006 as famosas estradas da liberdade, rotas de caminhos alternativos para desviar das rodovias pedagiadas. De concreto, até agora não vimos nada. Só vimos um estelionato eleitoral, promessas de campanhas não cumpridas”.O deputado ressaltou que por mais de cinqüentas vezes as concessionárias acionaram a justiça porque os direitos contratuais haviam sido rompidos. “Nessas ações, o governo perdeu todas. É um passivo judicial incalculável que não sairá do bolso deste governador, e sim de governadores futuros. Mais uma vez a população pagará a conta”.Guimarães citou como exemplo a estrada de ferro Central do Paraná que “procurou na justiça os seus direitos e venceu. Hoje possui um precatório a ser pago de mais de R$ 3 bilhões”.Ex-procuradora já havia confirmadoQuando deixou o governo, em janeiro, a ex-procuradora geral do Estado, Jozélia Nogueira, havia afirmado que o governador Requião resiste em resolver a questão dos pedágios.Na época, Jozélia declarou que as concessionárias buscavam um diálogo, mas que o governador Roberto Requião não tinha o interesse em negociar, preferindo o embate através de ações judiciais.