Incompetência Tira Paranaguá das Rotas de Navegação, Diz Rusch

08/11/2007 13h10 | por Sonia Maschke / Jaime Santorsula Martins / 41 3350-4193 / MATÉRIA DE RESPONSABILIDADE DO GABINETE DA LIDERANÇA DA OPOSIÇÃO
"Essa situação já era prevista. Não adianta a APPA tentar tapar o sol com a peneira e falar que as tarifas portuárias estão congeladas desde 2002 se a dragagem no Canal da Galheta não acontece. A Marinha deu um ultimato e até agora a licitação sequer foi realizada"."A BR-101 está sendo invadida por caminhões que transportam contêineres porque a opção agora é embarcar pelos portos de Santa Catarina. Está perigoso atracar em Paranaguá devido ao risco do navio encalhar", afirmou Rusch.Rusch alertou para os prejuízos que serão acarretados ao Paraná pela intransigência do governo e pelas falhas na condução da APPA. "O porto de Paranaguá está em contagem regressiva. Se não agirem urgentemente, quem vai sair no prejuízo são os paranaenses, e, mais uma vez, em detrimento dos portos de Santa Catarina. E não foi por falta de aviso! Há muito tempo o governador vem sendo alertado para o perigo de o porto não poder mais oferecer condições de atracagem aos navios, situação confirmada em relatórios da Capitania dos Portos", disse. O deputado Rusch destacou ainda a não instalação de uma nova unidade do Frigorífico Aurora no Estado. "Chegamos ao ponto em que não é mais a Oposição quem está dizendo que a situação está caótica. As empresas estão saindo do estado e comprovando isso. O conselho da Aurora deu uma desculpa para não se instalar aqui. Na verdade optaram por Santa Catarina e Rio Grande do Sul devido à falta de comprometimento deste governo com as políticas públicas", finalizou.BoxIrregularidade em dragagem causou acidente com navio em 2006 O deputado Élio Rusch constatou a partir da análise de documentos oficiais da Marinha que o acidente ocorrido com o navio Maersk Naples, que encalhou em Paranaguá em 2006, ocorreu devido a uma possível irregularidade com a dragagem contratada pela APPA. O deputado informou ter tido acesso ao relatório do inquérito conduzido pela Marinha que sugere a conivência da APPA com a irregularidade. Rusch disse considerar relevante o esclarecimento do episódio diante da situação nebulosa que envolve a nova licitação para dragagem do Canal da Galheta. Em agosto de 2006 o navio Maersk Naples, de bandeira liberiana, estava em manobras finais para deixar Paranaguá, na saída do Canal da Galheta, quando bateu no fundo. Segundo as cartas de navegação, a profundidade no local deveria ser suficiente para o navio navegar no local sem qualquer tipo de problema.O acidente com o Naples resultou em um volumoso inquérito da Marinha. As conclusões sugerem que o acidente foi causado por uma irregularidade em uma dragagem contratada pela APPA a empresa Bandeirantes. A areia deveria ter sido despejada no Banco dos Ciganos, que fica a aproximadamente dez milhas do Porto, acabou sendo jogada em local diferente daquele autorizado. O despejo se deu, segundo as conclusões da Marinha, em local próximo à área de espera dos práticos, a 5,4 milhas do Porto.O custo da dragagem é diretamente proporcional à distância em que se realiza o despejo dos materiais retirados do local dragado. Ao jogar a areia na área dos práticos a empresa barateou seus custos, mas cometeu um crime ambiental (não havia licença do Ibama) e uma irregularidade contratual e colocou em risco a navegação, como se verifica com o acidente do Maersk Naples."O que foi feito em relação a essas irregularidades?", questionou Rusch.

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