Sobre a convençãoÉ uma convenção da unidade. Mostra que o PMDB não se divide, está se preparando para continuar no poder no Estado do Paraná com os seus excelentes programas sociais e os belíssimos resultados da administração.Sobre a chapa Requião 2006Essa é tradicional deferência dos companheiros para comigo, mas é uma chapa única, uma chapa que reuniu todas as forças internas do PMDB e isso é muito bom nesse momento.Sobre o governoO governo vai bem. Nós estamos com o problema do pedágio. Os juízes insistem em dizer que tem que ser respeitado aquele contrato absurdo do governo anterior. E nós já entramos com dezenas de ações na Justiça. Geralmente ganhamos aqui no Paraná e perdemos em Brasília. Mas se não fosse ação do governo, o pedágio estaria hoje custando o dobro. Nós não vamos desistir. O pedágio sem a menor sombra de dúvida é um roubo.Pronunciamento na convençãoHoje é muito interessante que o PMDB tenha construído a unidade. Nós temos uma eleição pela frente e os jornais desta manhã, eu verificava a união, por exemplo, do voto limpo com o Jaime Lerner. O Roberto Freire, o nosso amigo Rubens Bueno fazendo uma visita ao Lerner. Então, vamos ter a unidade aí. É o voto limpo com o Cid Campello, com o Ingo Hubert, com Giovani Gionédis e esse pessoal todo. Estão se unindo e eu acho isso muito interessante e dizem que estamos comprometendo o futuro do Paraná, contestando os contratos imorais, imaginem. Não foram os contratos imorais que comprometeram o Paraná, fui eu quando me opus a imoralidade que comprometo o Paraná. É uma visão muito safada da política dessa gente. Eles querem conseguir uma união para tirar o PMDB do Governo do Estado. Mas nós precisamos de mais um período peemedebista. Eu sou a favor da rotatividade do poder. No entanto, precisamos consolidar aquilo que construímos até agora. O que ele vão propor? A venda da Copel, a venda da Sanepar, a multiplicação do pedágio, vão vender as estradas, vão fazer os pedágios nas estradas estaduais do Paraná. Na verdade, a oposição que nós vamos ter é a volta disso tudo. O Itaú vai estar contra, os concessionários dos pedágios vão estar contra, o consórcio Dominó vai estar contra, os malandros que queriam comprar a Copel vão estar contra, aquele grupo americano, o grupo francês. Pouca gente sabe. No caso da Sanepar, quando eu fui procurar os franceses para conversar em Paris, eu não pude falar com eles porque a França não dá licença para qualquer pessoa entrar nas penitenciárias. Eles estavam presos na França, estavam na cadeia. Mas aqui eram sócios dos mesmos que estão conversando agora.O ambiente desta convenção não é para discurso. É para começarmos a nos preparar para a próxima eleição. Nós temos uma poderosa chapa de deputados estaduais e federais. Temos que definir no caminho que tipo de aliança que vamos fazer. Eu sou favorável a alianças políticas. O partido tem que está aberto para aliança, mas evidentemente que não vamos aceitar essas composições que defendem a venda da Copel, da Sanepar, da manutenção e expansão do pedágio.E a Ferroeste. Estamos na briga ainda. A Ferropar não cumpriu nenhum dos poucos compromissos que assumiu com o lernismo. E nós encontramos juízes para impedir que o Estado volte a tomar aquilo que é dele, pelo qual não recebeu nenhum tostão. É um momento difícil da história política brasileira. Esse vezo de privatização e de respeito aos contratos contaminam o judiciário na terceira instância. Mas aos poucos, acredito, as coisas vão mudando. De qualquer forma minha gente, a unidade que vocês conseguiram hoje é interessante e eu não tenho dúvida que o PMDB fica no poder do Estado. Parabéns pela unidade e pela convenção.Sobre o corte de recursos do governo federalEstamos numa batalha muito interessante agora. O governo federal considerou o Paraná inadimplente por duas razões. Uma que estava nos cobrando um Pasep que não devíamos. Tanto não devíamos que já conseguimos uma liminar no Supremo Tribunal Federal. Mas continua dizendo que não pode repassar recursos para o Paraná porque estamos inadimplentes pelo fato do Governo do Estado se recusar a cobrar a taxa de previdência dos nossos aposentados. A ParanáPrevidência não precisa dessa taxa, os salários são muito baixos e o que o governo desejaria é aumentar os salários dos aposentados e não cobrar a taxa de previdência. A nossa previdência não é vinculada a previdência federal. O Paulo Bernardo e o Antonio Palocci não têm nada com isso. O Lula vai estar aqui dia 30 e eu acho que nos devíamos mobilizar os aposentados do Paraná para exigir que o governo federal não nos obrigue por uma cobrança desnecessária e que vai deixar ainda mais pobres, os já pobres salários dos aposentados do Estado. Acho que no primeiro momento, os aposentados deviam pressionar os líderes do PT. E num segundo momento, conversar com Lula. Se a ParanáPrevidência não precisa cobrar porque o nosso calcula aturial é bom. Se o salário é pequeno porque tentar obrigar o Estado do Paraná com corte de recursos, a cobrar o que nós queremos e não precisamos. Eu acho que essa convenção poderia tirar uma moção a respeito disso.Zé Beto MacielLiderança do Governo41-33504191/45-91038177zbm@fnn.net