LESSA ELOGIA ENSINO SUPERIOR DO ESTADO E ACREDITA QUE PARANÁ PODE VIRAR PÓLO “O Paraná está na vanguarda do ensino superior no Brasil”, afirma o professor e ex-reitor da UFRJ, Carlos Lessa. Lessa esteve em Maringá, nesta quarta-feira (23) e se declarou “encantado” com a rede universitária estadual do Paraná. Ele conheceu vários projetos de universidades estaduais e elogiou os investimentos feitos pelo estado no ensino superior. “Eu já vinha acompanhando e acho encantador, por exemplo, o que está acontecendo no Paraná em matéria de ensino universitário. Estão criando uma rede universitária, uma capilaridade muito importante para este país que de certa maneira, estão na vanguarda. Estou falando das universidades estaduais, das faculdades isoladas que estão surgindo pelo interior do Paraná”, comentou. Dono de um currículo invejável, Lessa é referência para os estudantes e pesquisadores universitários. Esteve à frente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) durante os dois primeiros anos do Governo Lula, por indicação pessoal de Celso Furtado ao presidente. Em 2002 foi eleito reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, instituição da qual é professor titular de Economia Brasileira desde 1978 Também é autor de 12 livros e dono de uma biblioteca pessoal com mais de 20 mil volumes, reconhecida por ser uma das mais especializadas sobre a história do Brasil.“O Paraná está fazendo em termos de educação superior um empreendimento da maior importância. São 72 mil estudantes nas universidades públicas estaduais, já é um contingente muito respeitável e vocês ainda têm unidades de ensino superior de universidades estaduais em 17 pontos do território paranaense. Isto é muito positivo”, declarou. Os investimentos realizados no ensino superior público do Paraná, constituído por cinco universidades e doze faculdades, desde o início da gestão do governador Roberto Requião, somam, até agora, R$ 65,2 milhões, dos quais R$ 38,7 milhões foram repassados pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.Lessa conheceu um dos projetos que visa transformar o estado num pólo universitário. Esta idéia já está sendo fomentada em Maringá e região, que segundo o reitor da UEM (Universidade Estadual de Maringá), Gilberto Pavanelli, possui 11% da população cursando o ensino superior, índices considerados de primeiro mundo. O projeto está sendo debatido pela Associação Comercial do município e pretende atrair também a instalação de universidades particulares na região. De acordo com Pavanelli, o Paraná supera o estado de São Paulo nos investimentos no ensino superior. Embora São Paulo dedique às universidades 9,1% das receitas tributáveis, 2% deste valor inclui a folha de pagamento dos inativos, enquanto o Paraná investe integralmente 7,6 %, já que o pagamento dos inativos é feito pela Paraná Previdência. Além dos números, Pavanelli destacou alguns projetos realizados pelas universidades estaduais, durante esta gestão, como os centros de transplante de medula óssea, cujo modelo está sendo levado da capital para ser implantado nos hospitais universitários de Londrina e Maringá. O projeto está em andamento, com alas especializadas que estão fazendo uma triagem para identificar possíveis doadores. Os convênios com empresas privadas também são incentivados pelo Estado, como é o caso do aparelhamento das universidades para realizar testes chamados de bioequivalência, exigência necessária para a certificação de medicamentos genéricos e que só pode ser realizada por universidades. Um convênio com a empresa farmacêutica Exal, prevê investimentos que podem superar R$ 8 milhões, já que o processo de aprovação de um único medicamento custa em torno de R$ 100 mil e a Exal possui 80 medicamentos aguardando pelos testes. A educação especializada como fomento de inclusão social também foi citada por Pavanelli, como a reativação do Colégio Agrícola de Diamante do Norte, que fica no noroeste do estado, região pobre, que possui um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano do Paraná.“Trata-se de uma escola técnica que profissionaliza os filhos de pequenos agricultores da região e, ainda, possui vários alunos das comunidades indígenas. Esta escola ficou fechada nos oito anos do governo anterior e foi uma das primeiras a serem reativadas pelo governador Requião. Trata-se de políticas públicas voltadas aos mais pobres com reflexos indissolúveis a longo prazo”, concluiu Pavanelli. Liderança do GovernoJornalista: Cinthia AlvesContatos: 3350-4191 / 8806-0824 cinthia_alves@yahoo.com.br