Os coordenadores nacionais do MST, João Pedro Stedeli e Maria Santos, convidaram o deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), líder do Governo na Assembléia Legislativa, a participar das atividades que marcam nesta semana os 25 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. “Queremos comemorar a nossa trajetória histórica na sua companhia. Você faz parte dessa obra. E, acreditamos, está obra faz parte da sua história de vida pessoal”, disse Stedeli. “Muito me orgulha o convite. Volto a reafirmar que o MST colocou a reforma agrária na pauta das lutas políticas do Brasil. E tem no Governo do Paraná um parceiro em uma série de projetos, programas e obras nos 288 assentamentos espalhados no estado onde moram e trabalham 18 mil famílias”, disse Romanelli. O MST comemora seus 25 anos, durante encontro nacional, no assentamento Novo Sarandi, entre as cidades gaúchas de Pontão e Sarandi - um dos berços das lutas históricas dos camponeses na década de 1960 e do próprio movimento final dos anos 70. Romanelli foi convidado a conhecer o assentamento e nesta sexta-feira (23) de participar da entrega do Prêmio A Luta pela Terra. A festividade simbólica dos 25 anos se dará no sábado (24) e se estenderão por todo ano de 2009. No sábado pela manhã, o MST fará ainda uma cerimônia religiosa em homenagem aos mártires da luta pela terra e, depois, um ato político-cultural, das 10h as 13h, com a participação de convidados. Após, haverá o almoço e a confraternização se estenderá pela tarde toda. “Queremos contar com sua presença em nossa festividade, em homenagem a todos e todas que lutaram e acreditam que possível sim construir um país socialmente justo, democrático e igualitário’, diz o convite. OBRA COLETIVA - Os coordenadores reafirmaram no convite que o MST, como movimento social do campo, e parte da história de organização da classe trabalhadora, tem consciência de que foi construído e persistiu nesses 25 anos como uma obra coletiva. “Há a colaboração ativa e solidária de milhares de pessoas. Alguns anônimos, quase imperceptíveis, mas de inestimável contribuição à nossa história”. “Outros, sempre presentes, nos ajudaram a superar momentos de grandes dificuldades. Juntos, vibramos com significativas vitórias que obtivemos. E, mutuamente, nos consolamos nas derrotas, em busca de ânimo e forças para novas batalhas”, afirmam Stedile e Marina Santos. “Quando parecia que os inimigos da reforma agrária iriam triunfar, quando alguns aliados deixaram de sê-los, quando as vitórias tornaram-se escassas, estivemos sempre em boa e valorosa companhia. Por isso, resistimos e crescemos. Essa construção coletiva da nossa história é o que mais nos orgulha, nos fortalece e nos dá certeza que estamos no caminho certo”, reafirmam Stedile e Maria Santos.