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Liderança do Pt

Membro da comissão de Direitos Humanos, deputado do PT defende sessão solene para lembrar o decreto, que foi o maior símbolo da ditadura militar Ao lembrar os 40 anos da assinatura do Ato Institucional n° 5, o deputado Tadeu Veneri defendeu a realização de uma sessão solene para homenagear as pessoas que lutaram contra o decreto, que levou ao fechamento do Congresso Nacional, à cassação de parlamentares, à perseguição das oposições e acirramento da censura. O que motivou a iniciativa do petista foi a pesquisa publicada pela Folha de S. Paulo que mostra que oito em cada 10 brasileiros nunca ouviram falar do Ai-5. “ Esquecer as injustiças é punir duplamente. É novamente sermos coniventes.Então para que fatos como estes nunca sejam repetidos é preciso que nos registremos a história. Mostremos para a população, para os nossos jovens, que nasceram depois de 1968, como foi o principal símbolo da ditadura militar, o terror do Estado ,que hoje, infelizmente, é ignorado por 82% da população brasileira”, afirmou. De acordo com Veneri, é importante lembrar que se hoje temos a imprensa livre, o Congresso com todos os poderes funcionando, os sindicalistas fazendo seu papel, “ nem sempre foi assim”. “É bom lembrar que além dos direitos políticos cassados, muitas pessoas foram presas e mortas nos porões da ditadura, por isso elas têm de ser lembradas pelo povo brasileiro”. O petista citou dois momentos determinantes na história de Ai-5. O assassinato do jornalista Vladimir Herzog, do Partido Comunista, que ao entrar para depor no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna- DOI-CODI, saiu morto após ser torturado. No dia 31 de outubro de 1975, foi realizado um culto ecumênico por Dom Evaristo Arns, em memória de Herzog na Catedral da Sé, do qual participaram 8.000 pessoas, num protesto silencioso contra o regime. “ Para nós que muitas vezes recuamos a qualquer batida de pé, é bom nós lembrarmos da história para sabermos que muitos lutaram para hoje nós pudéssemos estar falando aqui". Outro momento, recorda o deputado, é quando,em 2 de abril 1977, o Congresso rejeitou a reforma do judiciário. Assim o presidente Ernesto Geisel indicou o famoso pacote de abril fechando o Congresso e instituindo a figura do “senador biônico”(determinou que 1/3 dos senadores fosse eleito de forma indireta e aumentou as bancadas dos Estados menos desenvolvidos, onde a Arena obtinha melhores resultados), que permite até hoje a composição de três senadores, por Estado, no Senado Federal. Bancário, Veneri lembra que no Banco União Comercial, onde trabalhou, dois colegas saíram para dar depoimento e não retornaram nem para o trabalho nem para as suas famílias. “Era o terror do Estado, muitas vidas destruídas, pelos ideais, muitas pessoas tiveram seu crescimento profissional, intelectual e ideológico interrompido”. O petista destaca o colega Wilson Previdi, que inclusive sofreu perseguições dentro do Banco do Brasil, para ser homenageado na sessão solene. Em aparte o deputado Antonio Anibelli, do PMDB, também citou Léo de Almeida Neves, deputado federal, funcionário do Banco do Brasil e diretor do crédito agrícola na época, para ser homenageado pela Assembléia Legislativa.
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