07/04/2005 17h06 | por Suman Gaertner
MAURO MORAES SAI EM DEFESADOS GARAPEIROS DO PARANÁ Com a recente epidemia de casos da doença de Chagas, contaminados pela ingestão de caldo de cana em algumas cidades do litoral de Santa Catarina, e em função do grande número de garapeiros de Curitiba e do Paraná prejudicados com o episódio, o deputado Mauro Moraes (PL) está solicitando ações mais efetivas por parte das autoridades competentes. Segundo o parlamentar, os trabalhadores desta área de comércio estão sem o seu ganha-pão, em face da grande repercussão do problema e da possibilidade de haver outros focos da doença em Curitiba e no interior do Paraná. Apesar da Secretaria de Saúde do Paraná já ter divulgado nota informando que apenas poucas cidades de Santa Catarina (Itapema, Navegantes e Joinville) é que estão na rota de risco e somente para aquelas pessoas que consumiram a bebida no período de 8 a 26 de março, os consumidores da bebida preferem não se arriscar.Sem sustento As famílias dos garapeiros começam a sentir os fortes efeitos desta preocupação dos consumidores. Segundo Leia Machado, que há mais de 13 anos vende caldo de cana no Parque Barigui, “não se consegue mais vender este produto em Curitiba e nós estamos desesperados, porque a Secretaria de Meio Ambiente não libera a venda de outros produtos”. Segundo dados da Secretaria de Saúde, o volume de exames para a doença aumentou de 5 por dia para 350 na última semana, o que demonstra a preocupação geral com a possibilidade de contaminação. ”Agora”, afirma o deputado, “devemos nos concentrar para tomar atitudes que possam minimizar o problema dos mais de 3 mil garapeiros que atuam somente em Curitiba e Região Metropolitana, sem contar com aqueles que trabalham no interior”. “Precisamos devolver a estes trabalhadores o direito de sobrevivência e para isto existe a necessidade de que as Secretarias do Meio Ambiente Municipal e Estadual definam para estes garapeiros os produtos alternativos para venda aos curitibanos”, afirmou . Moraes promete entrar em contato com as autoridades da Saúde e do Meio Ambiente para ajudar a solucionar este grave problema que atinge um grande segmento de trabalhadores. Outra providência a ser tomada pela Secretaria de Saúde, diz respeito à orientação que deve ser dada aos garapeiros quanto à higiene na manipulação e, principalmente, informar que a cana sem casca não apresenta nenhum perigo de contaminação. “A vigilância sanitária com certeza já deve estar fazendo esta verificação entre os vendedores de garapa”, concluiu MoraesSuman Gaertner: 350-4029