“Sou contrário à violência. Gostaria que todos os movimentos fossem pacíficos, mas nem sempre é assim. E, por outro lado, invadir uma propriedade produtiva também não é uma violência?”, questionou. Rusch citou um decreto do Governo Federal que determinava que uma área invadida não poderia ser usada para reforma agrária, mas esse decreto foi revogado pelo presidente Lula. “Para que não haja esses confrontos, esse decreto deveria continuar válido. Não se pode defender só um lado, não se pode combater apenas o setor produtivo”, disse.“Tem que dar terra para pessoas que querem produzir. Não é possível ser refém de movimentos que se dizem sociais e que usam de violência”, afirmou.O deputado relembrou o caso da fazenda experimental Syngenta, em Santa Tereza do Oeste. Segundo Rusch, a fazenda, de 123 hectares, possui apenas 50 hectares para a produção, sendo que os demais são de preservação ambiental.“Os 50 hectares assentariam apenas cinco famílias, enquanto que em pesquisa são cerca de 50 famílias que dependem daquela fazenda. Enquanto que não se sabe com que objetivo a Via Campesina invadiu aquela propriedade”, concluiu.