02/08/2005 18h27 | por
Na abertura dos trabalhos do segundo semestre de 2005, o deputado Nereu Moura (PMDB), primeiro secretário da Assembléia Legislativa, defendeu que a administração dos portos de Paranaguá e Antonina permaneça nas mãos do Estado. Lembrou o parlamentar que ao assumir o governo em 2003, Roberto Requião encontrou um porto deficitário, “situação bem diferente da atual que mostra um quadro financeiro favorável”.Para Nereu, o importante, no momento, é identificar os objetivos “inconfessáveis e inescrupulosos” que estão por trás desta proposta de federalização dos portos. “Precisamos saber por que querem tirar os portos das mãos dos paranaenses”, argumentou o deputado, para quem os portos representam a grande porta para o mundo das riquezas do nosso Estado.De acordo com o deputado peemedebista, a Assembléia Legislativa constituiu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar “possíveis irregularidades” na administração dos portos, “onde nada foi constatado e as denúncias se mostraram fantasiosas”. Na verdade, segundo Nereu, a Assembléia, através da CPI, “deu um atestado de idoneidade a atual administração dos portos. Portanto, vamos continuar firmes, lutando com unhas e dentes na defesa dos portos dos paranaenses”.Mudanças de partidosEm relação a setembro, prazo final para a mudança de partido para as disputas das eleições do ano que vem, Nereu Moura é da opinião que o atual quadro partidário na Assembléia sofrerá pouca alteração. “Acredito que a hipótese do PMDB – hoje, partido com a maior bancada - receber novos parlamentares seja viável”. Em contrapartida, ele descarta a possibilidade de algum deputado deixar a legenda, afirmando que “ninguém sai de time que está ganhando”, numa alusão à gestão do governador Roberto Requião, “que deverá ser referendada nas urnas”.Nereu está otimista quanto aos trabalhos do segundo semestre na Assembléia Legislativa. Para ele, este será um período de muitos debates e grandes discussões no parlamento, “o que é bom para a democracia e para os interesses do Paraná”. Entre os projetos considerados polêmicos que devem entrar em pauta após o recesso, está o da autarquização da Emater, além do orçamento do Estado para 2006.