Por solicitação do primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado Nereu Moura (PMDB), o governo do Paraná passou a mediar o conflito entre Duke Energy e a Associação de Ceramistas de Paranapoema (Assocepar). A multinacional norte-americana acionou judicialmente as empresas ceramistas daquele município do Noroeste do Estado, que retiram argila em área de concessão da usina de energia elétrica Rosana. Antes da privatização, a concessão pertencia às Centrais Elétricas São Paulo (Cesp).Como resultado da reunião ocorrida na manhã de hoje (14), na Casa Civil, no Palácio Iguaçu, a concessionária de energia concordou em suspender por 120 dias as ações de reintegração de posse da área e de execução da dívida que a empresa alega ser de R$ 223 mil, enquanto os ceramistas concordam em pagar R$ 25 mil pela exploração da argila. O próximo encontro ficou agendado para a segunda quinzena de janeiro de 2007. Na avaliação de Nereu Moura, que reclamou que a Duke estava com uma postura discriminatória em relação aos municípios paranaenses, a reunião foi proveitosa, uma vez que permitiu o início de entendimento. "Esperamos que ao final das rodadas de negociações o desfecho seja favorável às comunidades ribeirinhas”. De acordo com o deputado peemedebista, o governo agiu na defesa dos interesses do Estado.A negociação foi mediada pelo procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda e contou com a presença da representante do Ministério das Minas e Energia, Márcia Camargo; da prefeita de Paranapoema, Nilza dos Santos Carvalho; dos prefeitos de Santa Inês, Clodoaldo Oliveira; e de Santo Inácio, João Venceslau, dos assessores do município de Itaguajé, Rubem Coimbra Amorim e Aldair Damião dos Santos; do presidente da Assocepar, Jair Messias e dos representantes da Duke Energy, Fabio Geretta, Cristiane Silvestri e Ana Amélia De Conti.