Para deputados, ainda faltam dados concretos para saber se o "fracking" comprometerá aquíferos

17/11/2015 15h53 | por Eduardo Santana

Créditos: Pedro de Oliveira/Alep

O Plenarinho da Assembleia Legislativa sediou na manhã desta terça-feira (16) o primeiro dia do seminário “Fracking: consequências sociais, ambientais e econômicas na região do Aquífero Guarani”, promovido pelas comissões do Mercosul e Assuntos Internacionais, de Ecologia e Meio Ambiente e da Agricultura da Assembleia Legislativa, presididas pelos deputados Maria Victoria (PP), Rasca Rodrigues (PV) e Pedro Lupion (DEM), respectivamente.

O evento começou com uma palestra sobre a caracterização geológica, geomorfológica e hidrogeoquímica do Sistema Aquífero Guarani, ministrada pelo professor de Hidrogeologia da UFPR, Ernani da Rosa Filho. Durante sua apresentação, ele revelou dados técnicos sobre o aquífero Guarani e respondeu a perguntas dos participantes do seminário. “Quando se trata de um aquífero próximo da superfície terrena, por exemplo, a 300 metros, talvez o risco seja muito grande. Agora, num caso onde a formação produtora de gás fica a 5 mil metros de profundidade, eu não sei se é possível que ascenda através das formações sobrejacentes até a superfície e aquíferos mais superiores”, declarou o professor.

Estudos – Para o deputado Rasca Rodrigues (PV), presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente, ainda faltam estudos e dados concretos para se chegar à conclusão de que o método de extração de gás fracking não comprometerá os aquíferos que abastecem o Paraná. “Se contaminar o aquífero Guarani e o aquífero Serra Geral, por consequência, teremos problemas de abastecimento de água. São grandes reservas que no futuro poderão ser utilizadas para consumo humano e irrigação da agricultura”, afirmou. O deputado Pedro Lupion (DEM), presidente da Comissão de Agricultura, também declarou que ainda há dúvidas em relação aos malefícios e benefícios do fracking. “Temos que ouvir todos os lados, entender a realidade e conhecer as possibilidades”, ressaltou.

Também participaram do debate as deputadas Maria Victoria (PP), presidente da Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais,  Cristina Silvestri (PPS), os deputados Fernando Scanavaca (PDT) e Schiavinato (PP), do coordenador-geral da Coalizão Não Fracking Brasil, Juliano Bueno de Araújo, e representantes da Sanepar.

Seminário – No segundo e último dia do seminário, que acontece nesta quarta-feira (18), a partir das 9 horas, no Plenarinho, será realizada uma mesa redonda para debater o fracking e as consequências do método de extração para a agricultura, pecuária, abastecimento e saúde pública, que será coordenada pelo deputado Pedro Lupion e contará com a participação de representantes da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep), do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), da Ocepar e da Via Campesina.

Também está programada, ainda como parte do seminário desta quarta-feira, audiência pública sobre “A exploração de gás de xisto no Paraná - Encaminhamentos para o contexto do Estado”, que será coordenada pelos deputados Maria Victoria (PP), Rasca Rodrigues (PV) e Pedro Lupion (DEM).

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