Na Assembléia Legislativa nesta segunda-feira (18), o deputado estadual Ademar Traiano, líder do PSDB, voltou a criticar comportamento do governador Roberto Requião, que afirma que tudo o que foi realizado até 1o de janeiro de 2003, início do seu próprio mandato, não presta e vai contra os interesses do povo paranaense. O líder afirmou que o governador não reconhece os méritos anteriores.Requião ressalta que se sente injustiçado por não poder usar a TV Educativa como gostaria. Para Traiano, patrimônio público não é propriedade particular e leis existem para serem respeitadas. O parlamentar também destacou que Requião não cita benfeitorias e programas sociais criados em governos anteriores e esquece a crise pela qual fez com que os agricultores paranaenses passassem. O financiamento negado à Prefeitura de Curitiba, a participação de integrantes da gestão atual na campanha eleitoral do Paraguai, a falta de saneamento básico, principalmente no litoral do Estado, o nepotismo e a falta de segurança pública fizeram parte do discurso de críticas. “O governador capitão donatário olha para trás e só enxerga desgraça, mas na verdade é ele que está destruindo o presente e comprometendo o futuro do Paraná”, disse.Ainda na tribuna, Traiano confrontou dados do governo Jaime Lerner com Requião. “Em oito anos, Lerner viabilizou 254 médias e grandes indústrias no Paraná, das quais 149 de capital brasileiro e 105, estrangeiro. O atual governador diz que nos últimos cinco anos, o Estado apoiou a implantação de 88 empresas. Portanto, está devendo no mínimo, 166 para se igualar ao antecessor”. Sobre o saneamento, Traiano argumentou que esta é mais uma prova incontestável do descaso e da ineficiência do atual governo. “A contaminação das praias paranaenses por esgoto doméstico causou enormes prejuízos aos empresários do litoral e expôs milhares de banhistas a riscos de infecções e doenças nos últimos dois meses”, lembrou. Resgatando promessas de campanha de Requião, em 2006, Traiano cobrou a construção de hospitais e casas populares. “Em vez de olhar para trás, deveria se preocupar com o presente e o futuro do Paraná. Mas, pensando bem, se isso acontecesse com o governador, ele não seria o Requião. Porque Requião só sobrevive no conflito, na discórdia, na desavença”, finalizou o líder.(Foto – divulgação)