26/09/2007 15h19 | por Zé Beto Maciel / Luiz Filho / h2foz@hotmail.com - contato@luizromanelli.com.br / www.luizromanelli.com.br / 41 9648-1104 - 9241-2401 - 3350-4191 / MAT
COPEL: ASSEMBLÉIA DO PARANÁ APROVA PROJETO PARA LEILÃO DE RODOVIAS São Paulo, 24 - A Assembléia Legislativa do Paraná aprovou hoje, em regime de urgência, a proposta do governo do Estado que permite à Companhia Paranaense de Energia (Copel) participar dos leilões de concessão de rodovias federais que passam pelo Estado. Contrário ao pedágio, mas sem conseguir fazer com que sua tese fosse vitoriosa, o governador Roberto Requião (PMDB) enviou o projeto à Assembléia com a intenção de garantir um valor menor na tarifa a ser cobrada dos usuários. A Copel deve encerrar até o fim do mês estudos de viabilidade para definir se efetivará a participação. Segundo o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), duas emendas foram aceitas durante a discussão do projeto no plenário. Em uma delas, os deputados excluíram o artigo que previa a cessão de funcionários da Copel para a nova empresa que será constituída para a disputa do leilão. "A medida fere a lei das concessões. O artigo foi suprimido para evitar questionamentos ao projeto", disse.Outra medida aceita no processo foi a exigência de que a estatal paranaense não firmará parceria com empresas devedoras do Estado. "É uma medida redundante, mas que se faz necessária", afirmou Romanelli. Pela proposta, o Estado e a Copel podem se associar à iniciativa privada para formar uma empresa mista, desde que a Copel Empreendimentos seja a majoritária. O governo tem em vista os trechos da BR-116, de Curitiba a São Paulo (seis praças); da BR-116, entre Curitiba e o Rio Grande do Sul (cinco praças); e da BR-376 e 101, de Curitiba a Florianópolis (cinco praças). As tarifas máximas para carros de passeio nesses trechos devem ficar entre R$ 2,68 e R$ 4,18. O leilão está marcado para o dia 9 de outubro, com apresentação de propostas entre os dias 1º. e 4.Em audiência pública realizada na Assembléia, na semana passada, o secretário dos Transportes, Rogério Tizzot, afirmou que não haverá qualquer risco de prejuízo para a Copel. "Vamos estabelecer a tarifa mais baixa possível, mas que também garanta rentabilidade para a empresa a ser formada", afirmou. Segundo Romanelli, a participação da Copel vai "modificar a estrutura tarifária que está sendo articulada pelas grandes empreiteiras do Brasil". Os investimentos totais previstos para os trechos que o governo do Paraná tem interesse são de R$ 4,5 bilhões no prazo de 25 anos de concessão. "Se ele (Requião) tivesse certeza do que está fazendo, ele estaria apresentando aos parlamentares com quem está organizando essa empresa de economia mista", reclamou o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB). "Quem são os sócios? Até o presente momento não vi ninguém se apresentar." Apenas oito deputados votaram contrariamente à aprovação do projeto.(Evandro Fadel e Wellington Bahnemann)