Pedágio Subiu, Em Média, Mais de 18% No Governo Requião

17/03/2005 00h34 | por Carlos Souza
As tarifas de pedágio tiveram aumento médio de 18,37% nos dois primeiros anos do governo Roberto Requião. A constatação é da Liderança da Oposição, após a realização de um quadro comparativo entre as tarifas cobradas pelas concessionárias de pedágio entre janeiro de 2003 e janeiro de 2005. Nesse período, os carros de passeio passaram a pagar 18,37% mais caro para passar pelas 27 praças de pedágio do Estado. Já os caminhões com seis eixos, muito utilizados no transporte da safra paranaense de grãos, passaram a pagar 18,71% a mais para percorrer o mesmo trajeto.“Isso comprova o discurso vazio e eleitoreiro do governador Roberto Requião. As polêmicas criadas pelo governo do Estado nesses dois anos não surtiram nenhum efeito. Além disso, um estudo realizado pelo Dieese recentemente mostra que o aumento das tarifas de pedágio durante o último ano do governo Jaime Lerner foi menor que o índice apresentado nos dois anos da atual administração. O governo não tem mais como justificar aos paranaenses porque não conseguiu cumprir a promessa de baixar ou acabar com o pedágio”, afirma o líder da Oposição, Durval Amaral (PFL).Em moeda corrente, o usuário de automóvel paga hoje R$ 135,90 para passar pelas 27 praças do pedágio, contra os R$ 114,80 que eram pagos no último ano do governo Jaime Lerner - alta de R$ 21,10. Já os motoristas de caminhão (6 eixos) passaram a pagar R$ 698,40 em janeiro de 2005, contra R$ 588,30 em janeiro de 2003 - aumento de R$ 110,10. Vale lembrar ainda que o governador Roberto Requião autorizou o funcionamento da praça de pedágio da Lapa em 2003, o que elevou o número de praças de pedágio de 26 para 27.Ainda segundo o levantamento da Oposição, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - índice de inflação medido pelo IBGE e adotado oficialmente pelo governo federal -, no mesmo período, apresentou alta de 19,90% e a renda média do trabalhador caiu de R$ 992,20, em janeiro de 2003, para R$ 904,70 em janeiro último – queda de 9,67% no salário, ou seja, uma perda de R$ 87,50. “Com dois anos de mandato, o governo não foi capaz de apresentar um projeto de desenvolvimento para o Estado, não apresentou obras de infra-estrutura e não tem nenhum saldo de realizações. Só tem discurso, discórdia e polêmica. A mesma coisa aconteceu com a questão do pedágio. O governador se tornou um especialista em criar polêmicas para esconder a inoperância do governo”, diz o deputado Valdir Rossoni, líder do PSDB.AUMENTO – Conforme o estudo divulgado pela Oposição, a maior alta registrada no pedágio ocorreu na concessionária Ecovia: 60,65%. No trecho que liga Curitiba ao litoral paranaense, a tarifa de pedágio para automóveis de passeio passou de R$ 6,10 para R$ 9,80. No governo anterior, a tarifa subiu 48,80%. Já os caminhões (6 eixos) que descem ao litoral, pagam R$ 49,20, contra os R$ 31,20 cobrados no governo anterior – alta de 57,69%. “Todos esses números servem para desmascarar o governo Requião, que diz ter assumido uma herança maldita. Com isso, provamos que a realidade encontrada era outra e o discurso do governo é apenas uma tentativa de criar confusão”, ressalta o líder do PFL, deputado Plauto Miró Guimarães.Nas três praças de pedágio operadas pela Econorte, os reajustes para automóvel de passeio foram de 46,80% (Jacarezinho), 47,05% (Jataizinho) e 45,45% (Sertaneja). Já nas rodovias onde a Viapar atua, o reajuste médio do pedágio para a categoria de automóveis ficou acima de 28% e para caminhões (6 eixos), em 26%. E nos trechos concedidos à Rodonorte, o reajuste chegou a 27% no caso de automóveis de passeio e acima de 25% para caminhões com seis eixos.“Também não podemos nos esquecer das concessionárias Rodovia das Cataratas e Caminhos do Paraná, onde o governo realizou acordos desobrigando as mesmas de realizar obras de melhoria e ampliação das rodovias, além de ficarem desobrigadas de investir no aparelhamento da Polícia Rodoviária Estadual. Com o acordo firmado, estima-se, deverá haver uma interrupção de obras no valor aproximado de R$ 500 milhões”, lembra Valdir Rossoni.Mesmo no caso da Rodovia das Cataratas, que chegou a reduzir suas tarifas em 30%, é possível perceber que na praça de São Miguel do Iguaçu a concessionária conseguiu manter um reajuste de quase 3%. Ou seja, pode até ter havido perda em outras praças, mas esse trecho garantiu bons rendimentos. Rossoni lembra ainda, que a Caminhos do Paraná também chegou a um acordo, “mas ganhou de presente a praça de pedágio da Lapa, essa que ficou caracterizada como a primeira obra do governo Requião”, disse o deputado.

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