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A grande questão em debate foi como promover o manejo florestal no Paraná com sustentabilidade. E o principal ponto é que se garanta o plantio em novas áreas e de modo adequado. Até 1998 existia o plano de manejo no Paraná, que acabou proibido em 2001. Atualmente, a Secretaria da Agricultura e Abastecimento estuda a vulnerabilidade da espécie. O Rio Grande do Sul está fazendo o mesmo. O objetivo é traçar uma política comum de todos os estados do Sul à preservação da araucária, como informou ao longo da audiência, o diretor de Licenciamento e Fiscalização do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), José Volnei Bisognin.
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Também falaram Paulo Castella, engenheiro agrônomo da Secretaria do Turismo e Desenvolvimento Sustentável; Carlos Pessoa, presidente do Ipardes e Amauri Ferreira Pinto, coordenador da Assistência Técnica da Emater.
Eles apresentaram os números da araucária e também da erva-mate. Por exemplo, que são 19 espécies de araucárias existentes no mundo. No Brasil, estão em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina e no Paraná. Por aqui, os pesquisadores avaliam que são sete subespécies. E que apenas 0,8% de florestas são conservadas. Elas estão em Cianorte, Campo Mourão, Campos Gerais e no Parque Nacional do Iguaçu.
O secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, disse que é possível promover o manejo sem destruir a floresta.
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No caso da erva-mate, o Brasil é um dos maiores produtores do mundo e a maior área sombreada do planeta (combinação de erva-mate e araucária) está na região do Vale do Iguaçu, que representa 69% da produção de erva-mate no Paraná. O público também ficou sabendo que são 37 mil produtores de erva-mate no Paraná e a ideia, segundo o presidente da Erva-mate do Vale do Vale do Iguaçu, Naldo Vaz, é trabalhar o plantio casado com a araucária. Ele citou exemplos de experiências bem-sucedidas no estado e que podem ser um diferencial e incentivar os produtores.
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O deputado Goura (PDT), que é presidente da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais da Casa, é favorável ao plantio para gerar renda, principalmente aos pequenos produtores, mas com responsabilidade para a preservação. E a Assembleia, de acordo com ele, tem o dever de contribuir com uma boa legislação.
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Alexandre Gaio promotor de Justiça do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo do Ministério Público do Paraná, lembrou que 90% da mata de araucária foi desmatada. Mas acredita que é possível resgatar e transformar o que restou gerando renda com sustentabilidade.
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Participaram da audiência pública também os deputados Artagão Junior (PSB) e Soldado Fruet (PODE).