O secretário municipal de Políticas sobre Drogas de Campo Largo, o advogado Carlos Augusto Weber, falou na abertura da sessão plenária desta segunda-feira (26), na Assembleia Legislativa, sobre a importância da prevenção ao uso de drogas, destacando as graves consequências que resultam do consumo dessas substâncias. Ele também apresentou os resultados positivos que o município da Região Metropolitana de Curitiba vem obtendo em relação ao problema, desde a implantação do Programa de Prevenção em Escolas e Comunidades (Pescô).

Criado no início de 2013, o Pescô já atingiu mais de 60 mil pessoas e cerca de 1.400 famílias receberam atendimento especializado neste período. Segundo Weber, o programa utiliza como principal metodologia a capacitação dos profissionais da área da educação que são preparados para discutir o tema em sala de aula e estimulados a desenvolver ações de conscientização. Nesse processo são envolvidos os pais e a comunidade em geral. O Pescô usa como ferramenta, principalmente, a arte, a música e o esporte, para mostrar que há diversão longe das drogas.

Na opinião de Weber a família tem um importante papel na formação de seus filhos e, especialmente, no que diz respeito aos exemplos repassados. “O álcool e o tabaco são portas de entrada para as demais drogas. Isso precisa ser discutido”, observou.  Ele destacou ainda que as crianças são os maiores agentes disseminadores de informações da sociedade e, pensando nisso, muito do trabalho aplicado pela Secretaria de Campo Largo é voltado a esse público.

Estado – O deputado Alexandre Guimarães (PSC), coordenador da Frente Parlamentar Antidrogas da Assembleia Legislativa, que propôs a explanação, também frisou a importância de ações voltadas à prevenção. “É muito mais fácil prevenir. Por isso, os pais devem ser envolvidos nessa problemática, debatendo a situação e buscando soluções”. Diante dos resultados obtidos por Campo Largo, a Frente Parlamentar da Assembleia pretende incluir o tema das drogas na rotina das escolas de todo o Paraná.

“A ideia não é criar uma nova matéria, mas inserir o tema dentro da grade curricular já existente. Biologia pode falar das consequências do uso do álcool para o fígado, por exemplo, enquanto se estiver ensinando sobre o funcionamento desse órgão. Interpretação de texto e redação também podem utilizar pesquisas sobre o assunto”, sugeriu o deputado. Numa primeira etapa essa proposta será discutida com educadores, especialistas e lideranças da sociedade. “Eu lutei pela criação da Secretaria de Políticas sobre Drogas de Campo Largo e, desde então, acompanhei de perto o trabalho do Pescô enquanto estive à frente da Secretaria de Governo do município. Os resultados apareceram rápido e o tema agora já faz parte da rotina escolar e dos eventos da cidade”, enfatizou Guimarães. “A meta é ampliar o trabalho para todas as escolas estaduais do Paraná”, acrescentou.

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