Para o deputado “os paranaenses acompanharam há alguns dias a prestação de contas do governador Roberto Requião, ocasião em que este aproveitou para manifestar sua preferência por um candidato nas eleições do Paraguai. Na nossa opinião ele não deve se envolver na política de outro país, ainda mais quando se trata de um importante parceiro do Brasil e do Paraná”. Rusch entende que “é preciso respeitar a soberania do País vizinho. Pra se ter uma idéia, a nossa Constituição não aceita a utilização de recursos internacionais para subvencionar partidos ou bancar candidatos nas nossas eleições. E a participação de um administrador do nosso País na campanha, seja no Paraguai, seja em outro lugar é uma interferência indevida numa questão de soberania nacional”. Para Rusch “cada ação do nosso governador vai provocar uma reação do governo paraguaio. Para nós é vital que o Paraguai cuide das suas eleições e exerça de forma plena a sua soberania. Assim, é indevido o uso da estrutura do Governo do Paraná, para dar suporte a uma determinada candidatura. Airton Pissetti, é secretário de Comunicação 24 horas por dia, 30 dias por mês, 365 dias por ano. Se quiser atuar em outra atividade que se licencie, que deixe o cargo.” Elio Rusch teme “que haja represálias aos brasiguaios, grande parte deles cidadãos paranaenses que vivem no Paraguai. Assim, deixemos que os paraguaios façam a sua eleição e exerçam sua soberania. E que o governador do Paraná respeite o eleito e o resultado do pleito, como viu respeitada sua reeleição, que, aliás, foi por margem mínima de votos”. PROBLEMAS O parlamentar entende que a intromissão na vida de um governo na vida política de outro não é bem aceita. Lembra que “o presidente da Venezuela quis doar 800.000 dólares pra uma campanha na Argentina e foi descoberto. Também deu seu apoio às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia(FARC`s) e sofreu a censura do governo colombiano”. Na opinião de Rusch “a atuação de Hugo Chavez ultrapassa todos os limites. No caso das FARCs ele apóia um exército guerrilheiro, contra um governo eleito democraticamente. E as FARCs mantém milhares seqüestrados, desrespeitam os direitos humanos e a dignidade das pessoas em cativeiro, inclusive uma ex-candidata a presidente da Colômbia”.