08/05/2006 19h01 | por Miguel Ângelo
A bancada de oposição não conseguiu estender para os servidores públicos o piso de R$ 437, aprovado ontem por 49 deputados. O autor da emenda, deputado Élio Lino Rusch, presidente da Comissão de Finanças, sugeriu o patamar com o objetivo de garantir aos servidores um ponto de partida, que somado a outras garantias acumuladas ao longo da carreira, poderia garantir um salário mais justo.“Nós não podemos tratar o mínimo assim”, reclamou ontem o deputado Rossoni, se referindo ao açodamento com que a matéria foi tratada, às vésperas do período eleitoral. “o governo esperou três anos e meio para se preocupar com o ganho dos trabalhadores. Será simples coincidência?”, indaga.Para Rossoni, o piso de R$ 437 para os servidores seria uma garantia melhor do que a proposta do governo, que acena com R$ 580, com o atenuante que soma todas as vantagens já auferidas pelos servidores ao longo da carreira. “Na verdade, isso é uma ilusão. O governo dá com uma mão e toma com outra”, comentou. O líder do PFL, deputado Plauto Miró Guimarães, faz coro à crítica e aproveita para alfinetar a bancada governista, que sempre se diz tão ciosa com o funcionalismo público: “nós cumprimos nossa missão, tentamos beneficiar os servidores, mas a bancada do governo impediu o benefício”, frisou o parlamentar pefelista.Outro ponto polêmico foi na votação da emenda da bancada do PPS, propondo o reajuste de 7% ao ano para o novo piso regional. A emenda foi rejeitada pelo voto de 39 deputados. “Como vamos avalizar um aumento salarial de 7% se não sabemos o que acontecerá com a economia ano que vem?”, questiona Rossoni.Liderança da OposiçãoFone: 3350-4193Miguel Ângelo