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Salário No Paraná, Orgulho dos Trabalhadores

05/05/2006 15h46 | por Hermes Fonseca
Hermes Fonseca *A Assembléia Legislativa do Paraná aprovou em primeira discussão o salário mínimo regional de R$ 437, de autoria do governador Roberto Requião. Tive a honra de relatá-lo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e abrir caminho para que o plenário o acatasse por unanimidade. Foram 49 votos favoráveis e nenhum contra. Uma verdadeira goleada. Quatro colegas não puderam comparecer na sessão, mas acredito que se estivem presentes também votariam na mensagem do executivo que criou o maior salário do país. Motivo de orgulho para os trabalhadores e trabalhadoras paranaenses.Nas próximas sessões, os deputados estaduais submeterão o novo salário mínimo a mais uma votação. É uma exigência legal que pede a Constituição Estadual e o regimento interno da Assembléia. Embora haja duas emendas, acredito que os parlamentares confirmarão o benefício ao povo e poderemos assistir ainda este ano aos trabalhadores perceberem os R$ 437. Um avanço histórico nas relações trabalhistas e na distribuição de renda para quem realmente necessita. A lei do salário de R$ 437 é uma política pública duradoura e de longo prazo, que possibilitará à classe laboral avanços constantes em seus vencimentos.Quero lembrar que nenhum trabalhador no Paraná poderá ganhar menos que R$ 437. O valor servirá como um referencial para que patrões e empregados negociem acordos e dissídios coletivos. (Aliás, isso já está ocorrendo na prática em algumas categorias profissionais). Também no âmbito do Estado, os servidores públicos serão contemplados com pisos que terão variação de R$ 540 a R$ 580. Essa história de quebradeira no Estado em virtude de um salário mínimo de R$ 437 não passa de um grande engodo. Os economistas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) atestam o contrário. Eles afirmam categoricamente que o salário regional vai estimular mais a economia e propiciar um circulo virtuoso de desenvolvimento em todos os segmentos. Além disso, reconhece o Dieese, que o novo mínimo ajudará na distribuição de renda entre a população mais pobre e estimulará mais a organização dos trabalhadores em sindicatos.O empresariado moderno comprometido com a justiça social concorda com a proposta do governo do Paraná. Também é bom frisar que esses produtores de vanguarda já pagam em seus empreendimentos salários médios acima dos R$ 437. Somente os setores retrógrados da sociedade devem estar contra o novo mínimo. Recusam-se ao salário regional somente aqueles setores que vivem ao arrepio da lei, acostumados à informalidade e a trabalhos análogos à servidão que vigorou até 1888. Só podem ser contra o salário de R$ 437 aqueles saudosos da escravidão, que preferem um escravo a contratar um trabalhador livre com salários para viver com dignidade de acordo com a lei e a realidade econômica de seu habitat.O maior salário do Brasil é motivo de orgulho para o trabalhador paranaense. Conjugado com a recuperação do salário mínimo nacional, cujo valor é de R$ 350, afirmo que o Paraná e o Brasil estão na vanguarda ao defender maior distribuição de renda por meio dos salários. Lula e Requião ficam na história como bons companheiros, os melhores aliados estratégicos dos trabalhadores.* Hermes Fonseca é economista e professor universitário. Deputado estadual pelo PT do Paraná. Relator da lei que institui o salário mínimo de R$ 437.Informações: 3350-4083

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