O deputado José Domingos Scarpellini (PSB) voltou a tocar no assunto da decisão do Ministério Público de Piraí do sul, afirmando que continua achando um absurdo a determinação da justiça de interditar o Lar das Meninas Oricena Vargas e transferir responsabilidades de posse e guarda das crianças da forma como foi feita. Ele voltou a criticar a ação da promotora Maria Luíza Correia de Mello e disse que “é muito fácil transferir responsabilidades, porque ela não levou duas crianças para a sua casa, ao invés de passar isso para o prefeito, como se fosse uma retaliação”.“Me pareceu uma coisa insana”, argumentou Scarpellini anunciando a realização de uma Audiência Pública, para a qual foram convidadas a juíza Dra. Ana Paula Becker e a promotora para debater “olho no olho” o assunto. Citando exemplos de “abuso de poder” do Ministério Público, Scarpellini, chamou a atenção para o que considerou uma verdadeira “caça às bruxas” dizendo que promotores tomam decisões políticas, muitas vezes tomando partido, como se fossem um poder independente. “Eles pertencem ao Executivo e tem um comandante, hoje o Governador Roberto Requião”, argumentou pedindo que a Assembléia tome uma posição em relação a esses abusos apoiando a decisão da AMUNORPI, pois há casos em que deputados são denunciados e convocados diretamente pelos promotores: Este Parlamento só pode receber um documento se vier através do gabinete do Executivo, disse o deputado.Asilo de Rio BomNa mesma linha do caso de Piraí, o deputado denunciou a decisão tomada em Rio Bom, Região do Vale do Ivaí, de fechamento do Asilo São Vicente de Paula, que abriga idosos e que está sendo fechado com base em relatório da Vigilância Sanitária “porque tem uma torneira enferrujada” ou uma outra irregularidade. “A responsabilidade é da sociedade, mas é preciso ter o bom senso, uma casa abrigo de idosos que funciona há 30 anos não pode ser fechada por causa de uma torneira enferrujada, é mais fácil comprar outra torneira”.Ele voltou a citar também a exigência absurda das escovas de dente sem identificação e ironizou, “se a vigilância sanitária for a uma favela vai fechar todas as casas de família e determinar que o governador Requião leve dez para a sua casa, que o presidente Hermas leve outras dez e o deputado Scarpellini mais dez famílias. É preciso usar o bom senso”, concluiu Scarpellini. Informações: Osni Calixto 3350-4072