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Scarpellini Quer Apurar Crise Na Ferroeste

O deputado José Domingos Scarpellini (PSB) solicitou nesta terça-feira (09) da Assembléia, a convocação do secretário Rogério Tizzot, dos Transportes, do presidente da Ferroeste, Martin Roeder e do advogado Samuel Gomes dos Santos, diretor administrativo da empresa, para que esclareçam a crise de autoridade que se abateu sobre o órgão depois que o diretor desacatou o presidente e cuspiu em sua cara. Para Scarpellini, a Assembléia precisa ser esclarecida sobre o comportamento intempestivo do advogado que atinge diversos funcionários de carreira da Ferroeste, incluindo uma funcionária paraplégica que foi agredida por Samuel Gomes, sem que ninguém tomasse qualquer providência. No comunicado ao governador, Martin Roeder narra vários episódios grotescos do diretor administrativo e jurídico, contra funcionários, inclusive com agressão corporal contra o engenheiro Leopoldo de Castro Campos. “ É preciso esclarecer também sobre a competência do advogado Samuel Gomes para o exercício do cargo, pois consta que a Ferroeste perdeu 29 das 30 ações propostas contra a Ferropar, o que mostra que ele não esta preparado para o cargo”, concluiu Scarpellini. -Samuel Gomes dos Santos é advogado e foi indicado pelo PT para a Diretoria Administrativa, Financeira e Jurídica da Ferroeste no início do atual governo. Desligou-se do PT para se filiar, ano passado, no PMDB. É muito ligado ao secretário da Educação Mauricio Requião e faz parte do grupo político comandado por Doático Santos e Luis Cláudio Romanelli, que domina o PMDB de Curitiba. -Requião confiou a ele a tarefa jurídica de retirar do consórcio Ferropar o direito, adquirido em leilão público realizado no governo anterior, de explorar o transporte pelas linhas da Ferroeste, em razão de que aquela empresa não vinha cumprindo as metas de transportes e se encontrava, como se encontra até hoje, inadimplente com o pagamento das prestações devidas pela sub-concessão. -Das 30 ações ajuizadas contra a Ferropar, a Ferroeste perdeu 29 na Justiça. Só ganhou aquela que reconhece o direito da Ferroeste de pedir a falência da Ferropar, processo ajuizado há poucos meses e que deverá demorar anos para a sua conclusão. Isto é, na atual gestão, a Ferroeste não conseguirá retirar da Ferropar o transporte ferroviário, configurando-se uma derrota para o governo. -O diretor mente descaradamente para o governador sobre a real situação da retomada do controle do transporte pelos trilhos da Ferroeste. Na exposição que fez durante a Escola de Governo levada a efeito no dia 14 de março último, 90% do que disse não correspondem à realidade. -Costuma agir individualmente, não respeitando os demais diretores da Ferroeste, nem o próprio presidente Martin Roeder, seu superior hierárquico. Toma decisões ao arrepio do colegiado, se auto-determina em suas ações e não presta satisfações do que faz. Além disso, procura diminuir, sempre que a oportunidade se oferece, o trabalho dos companheiros de diretoria. Costuma fazer fuxico junto ao governador sobre os colegas. -É temido pelos funcionários da Ferroeste pela grosseria, falando sempre em altos brados, xingando, desrespeitando as pessoas, gritando pelos corredores. Ofendeu moralmente a mais antiga funcionária da Ferroeste, uma senhora chamada Clarice, levando-a às lágrimas. Também agrediu verbalmente a recepcionista Sandra, que é paraplégica. Abusa do veículo que o serve, deixando o motorista seguidamente sem almoço, jantar à sua espera, além de exigir que o profissional o sirva nas suas saídas noturnas. -Note-se que todos os funcionários – todos – da Ferroeste são do tempo em que se deu início à construção da ferrovia, no começo da década de 90. O presidente Martin Roeder era o diretor técnico à época, conhecendo cada metro de trilho assentado no trecho. Apenas esse diretor é neófito. (O deputado Ademar Traiano foi diretor administrativo e financeiro da Ferroeste no primeiro governo Lerner). -Pediu e conseguiu que um usuário da Ferroeste colocasse seu avião particular à disposição dele para o levar de Curitiba a Cascavel e na volta, precisando ir a Santa Catarina, conseguiu que o mesmo empresário lhe cedesse um automóvel, com motorista. Abuso de poder. -Tem fácil acesso à Agência Estadual de Notícias e à Rádio e Televisão Educativa, plantando noticias e dando entrevistas com freqüência, via de regra equivocadas e mentirosas. -Tem fluência verbal, se expressa bem, é envolvente, sabe agradar e ser simpático quando quer ou lhe interessa. Mas, ao mesmo tempo, é destemperado, truculento, perturba-se com facilidade, agride verbalmente as pessoas. Perfil, quem sabe, para ser analisado pelo psiquiatra Eduardo Requião. -Aproximou-se de entidades ligadas ao ferroviarismo, como a Associação dos Engenheiros da antiga Rede, Sindicato dos Maquinistas, Associação dos Empregados da ex-RFFSA, além do Sindicato dos Engenheiros, Instituto de Engenharia do Paraná, Crea, com a intenção de formar uma tal frente de defesa da Ferroeste, incluindo aí o ex-governador Emilio Gomes, que se deu conta de estar sendo usado para fins espúrios. -Já teve sua inscrição na OAB suspensa temporariamente. Foi denunciado de pegar dinheiro de clientes para pagamento de custas, não o fazendo. Sabe-se que a OAB está de olho nele novamente. Tem vários títulos protestados, alguns em fase de execução. -É persona non grata na Agência Nacional de Tranportes Terrestres por ter se comportado de maneira mal educada e anti-ética com o diretor jurídico da Agência. -Costuma ir a Brasília pretensamente a serviço da Ferroeste, mas com acompanhante, com quem passa o fim de semana por lá, segundo denúncia publicada na Folha de Londrina. -Pode ser encontrado ao lado do governador, onde o governador esteja. Ou seja, trata-se do velho, conhecido e desprezível “papagaio-de-pirata”, para não dizer simplesmente, um tremendo “puxa-saco”. -O fato de ter entrado em luta corporal com o diretor técnico Leopoldo Campos não surpreende por causa da maneira com que o diretor se comporta. Cansado de ser ofendido e na iminência de ser agredido, reagiu e dominou o agressor, que deu queixa na polícia desvirtuando o acontecido. -E, finalmente, a cusparada no rosto do presidente Martin Roeder, que é sexagenário, ultrapassou todos os limites do suportável, ainda mais quando no exercício de uma missão pública. Informações: Osni Calixto 3350-4072
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